Uma espécie de caos informacional nesta área da organização do estado
Assuma-se de vez a incapacidade do Ministério da Educação em simular futuros encargos financeiros. Só se saberia o verdadeiro encargo financeiro com a recuperação total do tempo de serviço dos professores no mês seguinte aos pagamentos efectuados pelos serviços administrativos de cada escola ou amontoado de escolas. Por incrível que pareça, não há uma base de dados nacional dos processos individuais dos profissionais de educação actualizada em tempo real (como a do multibanco, da via verde ou até do ministério das finanças) que simule, à distância de um clique, qualquer recuperação de tempo se serviço. Há tempos escrevi assim: "Para além do que foi dito, as escolas são o espelho do ME no desnorte burocrático e no clima de desconfiança. É iniludível a incapacidade do ME em organizar e catalogar o que amontoou anos a fio. A AdeA, empresa luso-espanhola especializada em gestão documental, foi escolhida pelo ME (DGE) para tratar 35.000 pastas e 3.500 metros de prateleiras. Para o director-geral da AdeA em Portugal, “a documentação acumulada não tem qualquer instrumento de descrição de arquivo, pelo que a localização e recuperação de qualquer documento ou informação torna-se uma tarefa quase impossível". Aliás, qualquer concurso no âmbito escolar que requisite a confirmação de dados pode cair num clima de suspeição."
O Público hoje diz assim:
"UTAO sem meios para avaliar custo de devolver anos de serviço a professores"