tal Lurdes, tal Crato
No dia em que N. Crato e L. Rodrigues são condecorados, e desculpem-me voltar a estas figuras, o primeiro desdobra-se em entrevistas e revela uma continuidade política que explica alguns enigmas. Lurdes Rodrigues olhava para o sistema como um grande primeiro ciclo e infantilizou-o. Numa decisão inevitável e positiva, alargou a escolaridade obrigatória até ao 12º ano e originou o maior aumento da história de alunos no ensino secundário nos anos seguintes.
Chegou Crato e aplicou exames a eito com as mesmas normas e procedimentos em todos os ciclos de escolaridade. Ou seja, para Crato & Lurdes até ao 12º ano é ensino precoce e comprovo-o com duas respostas da entrevista do primeiro ao DN. Como se sabe, no exercício de Crato o insucesso escolar subiu todos os anos. Com o referido aumento de frequência do secundário, o abandono escolar desceu acentuadamente. A jornalista pediu-lhe opinião. A coisa é de tal modo, que a segunda pergunta transmite a perplexidade da perguntadora que ainda tentou atenuar a manipulação. Como retrata o cartoon do Antero, Crato ganhou o direito ao fatinho completo de Lurdes Rodrigues e Cavaco Silva reconheceu-o.
A que se deve esta redução? Ao alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12.° ano?