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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Mário Centeno: quem diria?

04.12.17, Paulo Prudêncio
        Em 2015, Portugal tentou um algoritmo diferente do imposto no Eurogrupo. Temeu-se a syrização. Mário Centeno chegou a Bruxelas envolto numa aura risível, semelhante à da sua primeira intervenção no parlamento que levou Passos Coelho às lágrimas de tanto rir. Por muito que custe aos avessos a qualquer ousadia científica, como parece ser o caso do ex-PM, há mérito português. É certo que o plano de Centeno priorizava a subida do consumo interno - não se (...)

Das interrogações na (não?) greve dos professores

19.06.17, Paulo Prudêncio
      O Governo, apesar da municipalização, manterá a colocação de professores e atenuará a hiperburocracia transferindo a "papelada" dos refeitórios. A sério. A segunda medida foi mencionada como exemplo. A perplexidade impõe interrogações: a burocracia que inferniza as escolas está centrada nos refeitórios? Estas pessoas da mesa negocial estavam em Marte? E já agora: o caderno reivindicativo da greve centra-se em três eixos: descongelamentos, vinculações e (...)

Da Grécia e de Trump

23.01.17, Paulo Prudêncio
      ""Os indignados andaram anos a fio em cima dos corruptos da banca e da política. Os gregos elegeram um Governo que assumiu o protesto e não é que os indignados passaram de imediato para o lado dos bancos e dos políticos? Acusavam os gregos de parasitismo. Com Trump é a mesma coisa. Diz que vai lutar contra o sistema de Washington e é ver os indignados outra vez ao lado da banca e da política. Podem descansar. O sistema americano tem a Constituição e o jogo de pesos e (...)

dos adiamentos de Cavaco Silva

23.11.15, Paulo Prudêncio
        Prefiro continuar a pensar que Cavaco Silva syrizou e que estas coreografias servem para que também os "seus" não lhe apontem a porta mínima. A opção de dar tempo aos "seus" para fotocópias, varridelas para debaixo das carpetes e últimos jobs, é demasiado antipatriota para um PR; como seria também impensável que Cavaco Silva "desse tempo" a António Costa para conseguir um melhor acordo com os partidos à sua esquerda; afinal, um Governo em plenas funções é (...)

sair da NATO ou do euro?

19.10.15, Paulo Prudêncio
            É um argumentário aflito invocar a NATO ou qualquer outro assunto internacional para sustentar o arco da governação. Basta ler o que se escreveu recentemente sobre os gregos e olhar para o que Varoufakis confirmou em Coimbra: o Syriza não tinha como plano B a saída do euro.   Sabemos que o ineditismo do euro tem uma variável a rever com urgência: os tratados que "amarram" economias com ritmos muito diferentes. Mas também conhecemos a história (...)

haverá mudanças na europa?

15.10.15, Paulo Prudêncio
      Confesso alguma estranheza com esta súbita luta pelo poder em Portugal e não excluo a autenticidade e o optimismo. Da "Riqueza das Nações" de Adam Smith a "O capital no século XXI" de Thomas Piketti, e passando por Marx, Kuznets e alguns outros, que se pode concluir: "a história da distribuição da riqueza é sempre uma história profundamente política e não poderia ser reduzida a mecanismos puramente económicos". Como se desconfia que a Alemanha e a França (...)

obviamente que é a política

12.10.15, Paulo Prudêncio
          Uma democracia exige respeito pela legalidade, neste caso pela letra e pelo espírito da constituição, que inclui os resultados eleitorais. A PàF teve mais votos (duvida-se que o PSD o conseguisse sem coligação, mas isso agora é secundário) ficou longe da maioria de deputados e o PR reuniu de imediato com Passos Coelho. Antes do acto eleitoral, o PRanunciou que "exigia" uma maioria estável de governo, os líderes dos partidos tradicionalmente com mais votos (...)

da suspensão dos juízos, da prudência e do exemplo grego

07.10.15, Paulo Prudêncio
      A divergência argumentativa à volta da formação do Governo aconselhava a helénica suspensão dos juízos: a époché (estado de repouso mental (momento de dúvida) pelo qual nem afirmamos nem negamos); mas registo algumas impressões.   Espero, obviamente, que a democracia funcione.   Ouvi o ainda PR a ler a "exclusão" em nome do acesso restrito às benesses (...)

arquivo de repetições: estarão os eleitores completamente alheados ou fingem que não percebem?

27.09.15, Paulo Prudêncio
        Se os eleitores ficarem "totalmente" indiferentes à banalização do mal ou da mentira, uma democracia deve preocupar-se com a saúde. Sabemos da antiga presença da mentira em campanhas eleitorais, mas há limites. Quando o INEinscreve 4,9 mil milhões de euros no défice de 2014 que atinge uns tresloucados 7.2%, é inadmissível que Passos, sem mexer um músculo da face, anuncie uma vitória através dos juros a receber pelo Estado. O Estado emprestou ao fundo de (...)

a democracia grega tem história

22.09.15, Paulo Prudêncio
        Os gregos decidiram-se por umas legislativas recentemente, fizeram a campanha eleitoral, votaram e três dias depois dão posse ao Governo. Por cá é o que sabemos e depois de tanta campanha e pré-campanha ainda acabamos com um Governo sem programa ou com copy-pasteda amálgama anterior. Para além disso, no segundo trimestre de 2015, e com o Syriza a governar contra o resto da Europa, ou quase, os gregos cresceram quase o dobro de Portugal e as explicações podem estar (...)

da segunda vitória do syriza

20.09.15, Paulo Prudêncio
      Olhei para o lado simbólico na primeira vitória do Syriza do mesmo modo que sorri com as vitórias de Obama ou de Corbyn. Percebi que Tsipras e Varoufakis não tinham descido do Olimpo, que iam enfrentar os do "fim da história" numa batalha duríssima mas que nada seria como antes. O Syriza não tinha como plano B a saída do euro que seria um erro político "irreparável" e quiçá trágico. As derrotas do Syriza e de Tsipras e de Varoufakis foram em nome da coragem e da (...)

os gregos não tinham plano B?

14.07.15, Paulo Prudêncio
      "Se o Governo grego apresentasse um plano B com a saída do euro a maioria do Eurogrupo tinha provocado o Grexit", concordo com esta ideia. Há uma componente política que desesperou os defensores da tragédia austeritarista e que se acentuou nos que vão a votos entretanto. E acho uma certa piada aos "heróis" que acusam o Governo grego de capitulação. Mas há alguém que acha que é fácil ir às altas paradas do casino desafiar os falcões dominadores apoiados por inúmeros "bo (...)