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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Do Tempo

08.09.22, Paulo Prudêncio
A aceleração do tempo dificulta a percepção dos momentos de curto, médio e longo prazos (opinião pública, legislatura e constituição). A discussão à volta do orçamento do Estado tem o tempo da opinião pública. É, principalmente, um exercício retórico que governos e oposições usam com oportunidade mediática. Há, no tempo vigente em Portugal, uma sensação interessante. A sobrevivência da constituição parece um contraponto à prevalência avassaladora da opinião (...)

Pisa 2015: os delírios em gráfico

08.12.16, Paulo Prudêncio
      As extrapolações à volta do PISA 2015 têm episódios risíveis. Recebi por email o gráfico sem referência ao autor. Vem acompanhado da defesa das políticas educativas das figuras em imagem; não publico o parágrafo porque usa uma linguagem imprópria, mas faço-o com o gráfico para dar a opinião solicitada.   Os alunos testados no PISAtêm 15 anos e frequentam anos entre o 7º e o 11º. A subida constante portuguesa responsabiliza alunos, encarregados de educação (...)

Pisa 2015: uma espécie de subprime?

07.12.16, Paulo Prudêncio
        Ouvi um comentador, do grupo de Lurdes Rodrigues que teoriza as Novas Políticas de Gestão Pública (as New Public Management que originaram quatro pesadelos para o sistema escolar: concurso de titulares, avaliação dos professores, modelo de gestão e estatuto do aluno na lógica do cliente), declarar, numa linguagem bem pensante e sedutora, a propósito dos testes PISA: são instrumentos fundamentais para monitorizar políticas públicas, constituídos por inúmeras (...)

Do orçamento e do tempo

28.10.16, Paulo Prudêncio
        A aceleração do tempo dificulta a percepção dos momentos de curto, médio e longo prazos (opinião pública, legislatura e constituição). A discussão à volta do orçamento de Estado tem o tempo da opinião pública. É, principalmente, um exercício retórico que governos e oposições usam com oportunidade mediática. O ministro Mário Centeno sublinhou-o, ontem, quando denunciou, de forma muito pedagógica, a descida qualitativa do documento europeu de controle (...)

das últimas do Panamá Leaks?

17.04.16, Paulo Prudêncio
      Sem a crise do subprime, Ricardo Salgado ainda seria o DDT e José Sócrates PR ou coisa do género. É óbvio que havia corrupção antes de 2007. É exactamente por causa disso que se impõe uma interrogação: e os outros? Os anteriores, os contemporâneos e por aí fora?    

José Gil em 2005

05.03.16, Paulo Prudêncio
        José Gil (2005:44) escreveu assim: “(...)Em contrapartida, somos um país de burocratas em que o juridismo impera, em certas zonas da administração, de maneira obsessiva. Como se, para compensar a não-acção, se devesse registar a mínima palavra ou discurso em actas, relatórios, notas, pareceres – ao mesmo tempo que não se toma, em teoria, a mais ínfima decisão, sem a remeter para a alínea x do artigo y do decreto-lei nº tal do dia tal de tal mês do ano tal.(...)” (...)

do duplo regime

22.04.15, Paulo Prudêncio
        Gil (2005, p.44) caracteriza-nos assim: “(...)Em contrapartida, somos um país de burocratas em que o juridismo impera, em certas zonas da administração, de maneira obsessiva. Como se, para compensar a não-acção, se devesse registar a mínima palavra ou discurso em actas, relatórios, notas, pareceres – ao mesmo tempo que não se toma, em teoria, a mais ínfima decisão, sem a remeter para a alínea x do artigo y do decreto-lei nº tal do dia tal de tal mês do ano (...)

municipalização ou desorçamentação?

01.04.15, Paulo Prudêncio
      E se o primeiro objectivo da municipalização escolar for a redução do orçamento para a Educação numa lógica neoliberal que capturou os partidos do arco?   No caso português, a ideia passa pela candidatura dos municípios a verbas europeias que financiarão os salários dos profissionais da Educação, professores incluídos, como já acontece há algum tempo com os cursos profissionais (o tal POPHque é hiperburocratizado como precaução da inspiração na (...)

da consolidação e do que se seguirá

03.09.14, Paulo Prudêncio
        Entrámos no milénio e rapidamente percebemos que as contas derrapavam e que a grande corrupção se tinha consolidado. O discurso do país da tanga institucionalizou a malta-do-subpraime, o socratismo acentuou o desmiolo (mais após a bolha imobiliária) e o regresso da AD voltou a ser desastroso. É muito, mesmo para um país com tanta história.   A interrogação essencial repete-se: o que se seguirá?       (...)

repetições, milhões, burlões e neutrões

25.02.14, Paulo Prudêncio
          Cansa um bocado repetir, mas é um dever: a bolha imobiliária de 2007 foi imaginada uns anos antes com o produto subprime que era uma uma espécie de bomba de neutrões: o edificado, intacto, regressou à banca, as pessoas faliram e uma vaga de revenda anda por aí com novos produtos como o "visto gold".   Só que nem tudo cabe em folhas excel. Só na Europa há (...)

há sempre dois governos em Portugal

26.12.13, Paulo Prudêncio
          Há sempre dois governos em Portugal: um que é público e outro subterrâneo.   Sabemos dos motivos da bolha imobiliária, sabemos do BPN, das PPP´s e por aí fora, sabemos dos swaps, sabemos do Goldman Sachs, do J. P. Morgan, do Deutche Bank, sabemos das contas marteladas da França e da Grécia na adesão ao euroe com a obrigação da compra de aviões e (...)

dos donos do mundo (6) - a austeridade

27.03.13, Paulo Prudêncio
              A crise é artificial, a austeridade o problema e não a solução e a Alemanha o obstáculo, disse, salvo erro, Joseph Stiglitz. Julgo que quando o economista referiu a Alemanha estava a pensar nos seus grandes bancos que operam quase ao nível do Goldman Sachs.   O saque às classes média e baixa é o primeiro objectivo da crise, embora haja ricos que também denunciam os actos ilícitos. A austeridade é o meio de crime. A Grécia é o alvo mais visível. Só um (...)

dos donos do mundo (5) - velocidade incontrolável

26.03.13, Paulo Prudêncio
          São cada vez mais os que defendem que a velocidade, e o poder, da tecnologia associada às transacções financeiras tornam impossível a monitorização. Há ganhos e perdas que têm origem em algoritmos que ninguém controla. É um ambiente propício ao crime sofisticado e de colarinho branco. A letra da lei torna-se um adorno obsoleto.       Pode saber tudo nesta excelente reportagem. (...)

dos donos do mundo (5) - a política capturada

25.03.13, Paulo Prudêncio
          Há muitos que intuíram que o poder político foi capturado pelos financeiros que dominam o mundo. Os vários arcos do poder são constituídos por seres "comandados" pelos bancos mundiais mais poderosos. Os "soldados" do Goldman Sachs estão instalados nas principais instituições europeias.           Pode saber tudo nesta excelente reportagem.       (...)

dos donos do mundo (1) - crédito de neutrões

21.03.13, Paulo Prudêncio
          Quem são os novos proprietários do imobiliário que não "sobreviveu" à crise do subprime? Os bancos.   A estratégia está mais do que denunciada e denominou-se como crédito de neutrões (os menos "bélicos" talvez não saibam, mas as bombas de neutrões, variantes das bombas atómicas, eliminam a vida e deixam o "edificado" intacto).   O crédito imobiliário, o tal subprime, era propositadamente "mãos largas" com a convicção de que a bolha rebentaria e o (...)