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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Articular (2)

15.06.24, Paulo Prudêncio
              Articular, o verbo, é um modismo na linguagem do sistema escolar. Conjuga-se nas situações de maior embaraço. Por exemplo, quando nada mais resta para justificar a terraplanagem de escolas, as três pessoas do plural entram em acção; embora a terceira, e no futuro do indicativo (para dar alguma folga ao bem-pensante devaneio), seja a mais requisitada. Têm sido inúmeros (...)

Se A=B e B=C, A=C

13.04.24, Paulo Prudêncio
Se Maria de Lurdes Rodrigues se revê no programa da AD para a Educação e se a Iniciativa Liberal e o Chega se revêm no programa da AD para a Educação, Maria de Lurdes Rodrigues revê-se nas ideias da Iniciativa Liberal e o do Chega para a Educação. Há muitas pessoas - mas muitas mesmo; e também à esquerda - que tiveram opiniões sobre as políticas de Educação nestas últimas duas décadas, que devem estar a aprender uma lição e a beliscarem-se sobre o que andaram a (...)

Programa do Governo anuncia nova explosão dos professores

10.04.24, Paulo Prudêncio
Sabe-se que a cíclica explosão dos professores na última década e meia se deveu à avaliação opaca e kafkiana do seu desempenho, associada ao modelo autocrático de gestão das escolas e à possibilidade da mudança para as escolas do concurso de professores com a subvalorização da lista graduada. Pois o programa do Governo prevê considerar a residência e a avaliação nos concursos, e criar uma carreira de dirigente escolar diferente da de professor. Estes governantes (...)

Reformas e Remédios - A actualidade de um texto com 25 anos (2)

05.11.23, Paulo Prudêncio
  É recorrente a febre com que se "anuncia a roda" (ou novos paradigmas) no sistema escolar. Mas o que é engraçado, e sem ter graça nenhuma, é que passa o tempo e recuperam-se ideias antigas como se fossem novidades. Parece um percurso circular alimentado por uma indústria que facilita surtos epidémicos.Escrevia, em 1998, para uma revista sobre educação. Pediram-me que escrevesse sobre reformas. Lembrei-me dos remédios. Fui ler a literatura do “Benuron” - medicamento para (...)

Alguém que informe o PS e o PSD que os reformados não recuperam tempo de serviço

04.10.23, Paulo Prudêncio
Alguém que informe o PS e o PSD que os reformados não recuperam tempo de serviço (já cansa um bocado captar de imediato este marketing político do mainstream que ajudou a provocar a falta estrutural de professores); ou que recuperar tempo depois dos 60 anos de idade tem um efeito residual no valor da reforma (e não saímos disto, com a realidade, e a sua engrenagem diabólica, a continuar a triturar a dignidade dos professores). Por este andar e com o decreto do Governo, milhares (...)

A ideia é contrariar a insensatez que provoca o cyberbullying?

18.09.23, Paulo Prudêncio
Como dizia uma jovem de 14 anos, Portugal chegou tarde ao debate sobre a adicção tecnológica. Os adultos têm os deveres da antecipação e da prudência. Os efeitos na geração dela estão consolidados. Aliás, o fenómeno é um legado inadmissível deixado pelas gerações que educam (mais até em casa do que na escola, apesar de ser muito difícil manter uma criança fora do corrente dominante) e muito do cyberbullying passa por aí como pela deseducação recuperada no que (...)

17 anos De Uma Tragédia Anunciada Que Só Os Professores Viam

08.07.23, Paulo Prudêncio
Avaliar um professor por um relatório de três páginas (que mencionará, ou não, mais duas farsas próprias do estado a que isto chegou: aulas observadas e horas de formação) pontuando-o até às décimas numa escala de 1 a 10 pontos, é uma farsa burocrática que só existe nas caricaturas de uma social-democracia. O SIADAP (avaliação na nossa administração pública) só funciona em clima de faz de conta. Quando se aplica com cotas em universos de grandes escalas, como na (...)

Mais um lado positivo das migrações

11.06.23, Paulo Prudêncio
Quem recebe imigrantes enriquece. Tem sido assim ao longo da história universal. Portugal tem mais alunos a frequentar as escolas derivado aos fluxos migratórios. Mas há todo um caminho de qualidade da integração que exige professores. E depois, é a constatação do que leva à maioria das migrações: guerras, ditaduras e autocracias. "Número (...)

Como é que os OCS contribuíram para a falta de professores? Leia MST

10.06.23, Paulo Prudêncio
Há muito que o cronista Miguel Sousa Tavares não perde uma oportunidade de "pogrom". Fá-lo com fúria especial se pressentir o vocábulo professor. Não lhe interessa o estudo comparado ou o conhecimento dos detalhes. Nada. Acusa sem o ónus da prova. Certa vez (2011), o "pogrom-professor" era sobre o pagamento, escandaloso para o cronista, de 25 euros por prova na correcção de exames (o pagamento tinha sido eliminado em 2009 e o valor era de 5 euros). Hoje, no Expresso, mente sobre (...)

E o Governo continua viciado em marketing e a hostilizar os professores?

04.06.23, Paulo Prudêncio
Numa pesquisa rápida, percebe-se a grave falta de professores na Europa em 2023: Alemanha (25.000 a 40.000), Inglaterra (13.000) França (10.000), Polónia (25.000), Hungria (15.000), mas também na Espanha, Irlanda, Itália e Suécia. Por todo o lado se tomam medidas desesperadas, passando pela tentativa de recrutamento de professores formados à pressa noutras latitudes. No Reino Unido, por exemplo, discutem-se aflições: turmas com 60 alunos, eliminação de disciplinas menos (...)

Da reaparição do Ex-PR Cavaco Silva

21.05.23, Paulo Prudêncio
Liguei a televisão e não se falava de outra coisa. O Ex-PR Cavaco Silva discursou 40 minutos. Falou de muitos temas e também de educação. Andei pela box à procura do momento. Não foi fácil. O Ex-PR foi taxativo com uma afirmação mais ou menos assim: os governos de António Costa erraram ao deixarem de financiar cooperativas de ensino que permitiam que alunos menos favorecidos frequentassem ensino privado de qualidade. Como é que é possível afirmar uma coisa destas? O 1º (...)

Os professores não deviam protestar continuamente

05.05.23, Paulo Prudêncio
Os professores não deviam protestar continuamente, dizia-me alguém do universo partidário. Concordei. As reivindicações dos professores já deviam estar há muito resolvidas pelo Parlamento e pelos governos, com o empenhamento da Presidência da República.  E partamos de dois factos inadmissíveis: um primeiro-ministro, no modo de justiceiro popular que sempre recusou, a acusar de roubo um acto de um assessor ministerial demitido por telefone e um presidente da República a (...)