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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

"Crato foi a continuidade de Lurdes Rodrigues"

07.04.25, Paulo Prudêncio
  Ouço algumas vezes um podcast nas caminhadas. Hoje, apareceu-me um com o título "Por que falha o estado". Cliquei sem saber quem eram os intervenientes. David Dinis, do Expresso, conversava com Miguel Poiares Maduro e Pedro Adão e Silva. Argumentaram que as falhas maiores devem-se, e assim sumariamente, à falta de continuidade das políticas ao centro e aos excessos dos partidos políticos nos mais diversos níveis do estado. Miguel Poiares Maduro deu o exemplo da educação: (...)

A trágicomedia do país nas mãos dos votantes no Chega

25.03.25, Paulo Prudêncio
Antes do mais, há sempre que considerar quem defende que os países funcionam melhor sem Governo e que o tempo é tão veloz que o que levaria anos a saltar à vista ocorre em poucos meses. Por exemplo, quem diria que em Maio de 2025 o país terá que esperar pelas decisões dos votantes do Chega da eleição anterior para saber quem vai governar. Recuando a 2022 e à maioria absoluta do PS que caiu vertiginosamente, a sucessão de casos, casinhos e outras coisas eticamente não (...)

Escolas Sem Oxigénio

22.03.25, Paulo Prudêncio
        Dezassete anos depois.   (...e Sua Excelência, esperto e oportuno, e enquanto esfregava as mãos de tanta satisfação, sentenciava: - as pragas, para sobreviverem, precisam de oxigénio...)  Texto publicado em 11 de Fevereiro de 2008. Estive presente numa reunião de professores, realizada numa das escolas das Caldas da Rainha, para escutar um movimento que nasceu na blogosfera (...)

Do comentador-candidato Marques Mendes

19.01.25, Paulo Prudêncio
Dá ideia que Marques Mendes entrou em pré-campanha e precisa de se meter ao lado do Governo e da "equipa de luxo na Educação" (citação de Marques Mendes). Aquele gráfico em que é tudo particular e cooperativo no pré-escolar em Lisboa e no Porto por causa das greves, não foi uma coisa do acaso. Não são bons sinais mentir ou tergiversar neste assunto. Dá ideia que estão com ideias profundas (existirão grupos de pressão com excesso de apetite?) que podem provocar mais uma (...)

Reformas e Remédios (1)

24.10.24, Paulo Prudêncio
   É recorrente a febre com que se "anuncia a roda" (ou novos paradigmas) no sistema escolar; e talvez daí a intemporalidade do benuron. Mas o que é engraçado, e sem ter graça nenhuma, é que passa o tempo e recuperam-se ideias antigas como se fossem novidades. Parece um percurso circular.Escrevia, algures em 1998, para uma revista sobre educação. Pediram-me que escrevesse sobre reformas. Lembrei-me dos remédios. Fui ler a literatura do “Benuron” - medicamento para todas (...)

Não ler Maquiavel e desviar a atenção

21.10.24, Paulo Prudêncio
Os Governos devem fazer as "maldades" no início do exercício, sustentou Maquiavel. O actual Governo, talvez à espera de eleições antecipadas, ignorou o conselho e começou com as "coisas boas" todas de uma vez. Agora e no caso da Educação, terá que dizer ao que vem no que tem que mudar: carreira, burocracia, gestão e avaliação de professores. Lendo-se o que os governantes escreveram ao longo do tempo e os programas eleitoral e de Governo, espera-se outro ciclo de explosão de (...)

"Sim, Senhor Ministro (Yes Minister)" - é o que me vem à memória ao ler a entrevista do Ministro da Educação, Ciência e Inovação

24.07.24, Paulo Prudêncio
Pensando no programa eleitoral, no programa do Governo e nas opiniões publicadas do actual ministro e do secretário de estado, e pensando também na realidade, lê-se, nesta entrevista, uma mistura de tudo isso. Resultará na manutenção do essencial que nos trouxe até aqui e poderá ser agravado. "Professores: “Não temos justificação” para 6000 vagas abertas pelo anterior Governo (...)

É a Democracia, a Liberdade de Ensinar e Aprender e a Qualidade da Escola Pública

15.07.24, Paulo Prudêncio
A democracia é uma construção diária num mundo em mudança e cansou ler os seus "donos" sempre que houve um movimento de professores. Acima de tudo, a cidadania tem que ser a arte da desinstalação. Se o sindicalismo tradicional está em crise, é crucial reinventá-lo. Além disso, a defesa de uma classe profissional é legítima e um dever democrático dos seus membros. Mas o que está em causa é mais do que isso. Como se disse em 2008, 2013, 2018 e 2023, o exercício da (...)

Perdeu-se, no país de Camões e Pessoa, a bandeira da defesa da língua portuguesa

05.02.24, Paulo Prudêncio
Perdeu-se, no país de Camões e Pessoa, a bandeira da defesa da língua portuguesa. Já nem se critica a informação pública que não começa pela língua portuguesa. É evidente que há iniciativas internacionais, como a "Web Summit" ou designações ainda não traduzíveis, em que se compreende a manutenção do idioma original. Mas é inaceitável o não uso da língua portuguesa nos nomes de iniciativas criadas pelo Ministério da Educação, por escolas e até pelas restantes (...)

Da queda da escola pública: há, fatalmente, temas tabu para Governo, partidos e sindicatos

05.10.23, Paulo Prudêncio
A proletarizarão dos professores, com os resultados que são hoje incontestáveis, começou em 2006 e em quatro eixos integrados: carreira, avaliação do desempenho, burocracia como prestação de contas e modelo autocrático de gestão para sustentar tudo isso na dependência do centralismo partidário (centro-esquerda ou centro-direita; mais centro-esquerda nos últimos 17 anos). Após 17 anos de luta dos professores, só na carreira houve uma mudança: derrubaram-se os titulares (...)

Para além da exaustão, é sempre o medo e até o medo de voltar a ter medo

28.09.23, Paulo Prudêncio
Sinto-me profissionalmente realizado, mas algo desiludido civicamente (embora nunca tenha sido um iludido; mais um optimista e um inconformado com sentido de justiça) com a generalidade do que me rodeia; e 20 anos intensos de blogue dão uma boa visão do país (e o grave caso STOP não me surpreendeu). No caso dos professores, há algumas atenuantes como escrevi em 3 de Junho de 2011: "(...)N (...)

Demorar 8 anos para sair do estado de negação em relação às políticas de 2005 a 2009 e à falta de professores?!

13.09.23, Paulo Prudêncio
Só em 2023 é que o Governo saiu do estado de negação em relação à falta de professores e agora diz "que tem que resolver disfuncionalidades com duas décadas" que abrangem o Governo de Sócrates e as políticas na carreira, avaliação, gestão das escolas e burocracia. É espantoso. Primeiro-ministro e ministro da (...)

Como é que foi possível esconder durante anos a fio a previsível falta de professores?

06.09.23, Paulo Prudêncio
  Como é que foi possível esconder durante anos a fio a previsível falta de professores? Há, obviamente, várias explicações. Desde logo, a cultura anti-professor e anti-sala de aula generalizada nos serviços centrais do Ministério da Educação e baseada numa mistura desastrosa de prateleiras douradas com emprego partidário. Alargou-se a escolas e sindicatos. Acima de tudo, meia-dúzia de anos sem leccionar elimina o conhecimento prático anterior para se proferir com (...)

Ontem, por Lisboa, no Colóquio Margens e Pontes para a Educação

02.07.23, Paulo Prudêncio
Ontem, estive por Lisboa no "Margens e Pontes para a Educação". Foi muito interessante o colóquio na  Universidade Nova de Lisboa "NOVA FCSH". A Minha intervenção, "Por precaução: o tratamento da informação nas organizações e escolares e a inversão do ónus da prova", pode ver-se entre as 3:39:00 e as 4:14:00.

A revolta dos professores: 45 rostos. Uma peça muito interessante do Público

07.06.23, Paulo Prudêncio
A peça do Público, "A revolta dos professores: 45 rostos", é muito interessante. São 45 depoimentos muito relevantes. Escolhi um, para a imagem do post, que carrega uma réstea de esperança. Já que Parlamento, Governo e PR desistiram da educação, resta aos professores que ainda existem elevar o grito de indignação e a não desistência. Vale pena ler (...)