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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

A infantilização dos contribuintes e a perna curta da chico-espertice

02.04.25, Paulo Prudêncio
  Cresce a indignação à medida que os contribuintes vão ao moderno portal das finanças finalizar o IRS de 2024. E por que é que se indignam? Porque a maioria dos contribuintes que recebia habitualmente reembolso terá que pagar ou recebe menos; e quem pagava, paga ainda mais. E porquê?  Porque o Governo aplicou tabelas especiais de retenção na fonte favoráveis aos contribuintes durante os meses de Setembro e Outubro de 2024 (em que o Governo podia cair por causa do OE). (...)

A trágicomedia do país nas mãos dos votantes no Chega

25.03.25, Paulo Prudêncio
Antes do mais, há sempre que considerar quem defende que os países funcionam melhor sem Governo e que o tempo é tão veloz que o que levaria anos a saltar à vista ocorre em poucos meses. Por exemplo, quem diria que em Maio de 2025 o país terá que esperar pelas decisões dos votantes do Chega da eleição anterior para saber quem vai governar. Recuando a 2022 e à maioria absoluta do PS que caiu vertiginosamente, a sucessão de casos, casinhos e outras coisas eticamente não (...)

Empadão

14.02.25, Paulo Prudêncio
  Gostamos muito de empadão de carne e somos comedidos no sal. A logística é pesada. Optamos por comprar a carne no talho onde a vemos ser picada. É cozinhada com predominância para o tomate. As batatas são da conhecida praça da fruta. Depois de descascadas à moda antiga, são cozidas e passadas no passe-vite. Levam leite, manteiga, uma gema de ovo e uma pitada de noz moscada. Feito o puré, desenham-se camadas alternadas com a carne picada e vai ao forno. Há uma fase da (...)

Dos eleitos, dos aeroportos e das bagagens

23.01.25, Paulo Prudêncio
Estive, por dever cívico e num honroso convite de uns elevadíssimos peticionários, umas horas a assistir a um plenário da Assembleia da República nesta legislatura. Impressionei-me com a deseducação de vários deputados da bancada do partido do homem das bagagens. À barulheira infernal que impedia a audição, associavam-se impropérios. Dei comigo a pensar o que agora se reforça: sabemos de todas as circunstâncias históricas das democracias ocidentais e do estado do mundo, mas (...)

Do comentador-candidato Marques Mendes

19.01.25, Paulo Prudêncio
Dá ideia que Marques Mendes entrou em pré-campanha e precisa de se meter ao lado do Governo e da "equipa de luxo na Educação" (citação de Marques Mendes). Aquele gráfico em que é tudo particular e cooperativo no pré-escolar em Lisboa e no Porto por causa das greves, não foi uma coisa do acaso. Não são bons sinais mentir ou tergiversar neste assunto. Dá ideia que estão com ideias profundas (existirão grupos de pressão com excesso de apetite?) que podem provocar mais uma (...)

das cartas

04.12.24, Paulo Prudêncio
  Sua Excelência enfadava-se com o que lhe acontecia e vivia duplamente: sobressaltado com o que tinha para fazer e aterrado com o que deixava de realizar. Era um dilema em forma circular. Tinha adquirido um tique só explicado por Lacan: dizia e repetia para consigo e para com os outros: isto não é como antigamente. Era uma espécie de oxigénio rarefeito. O seu antecessor (...)

Não ler Maquiavel e desviar a atenção

21.10.24, Paulo Prudêncio
Os Governos devem fazer as "maldades" no início do exercício, sustentou Maquiavel. O actual Governo, talvez à espera de eleições antecipadas, ignorou o conselho e começou com as "coisas boas" todas de uma vez. Agora e no caso da Educação, terá que dizer ao que vem no que tem que mudar: carreira, burocracia, gestão e avaliação de professores. Lendo-se o que os governantes escreveram ao longo do tempo e os programas eleitoral e de Governo, espera-se outro ciclo de explosão de (...)

Aguarda-se a reacção das bolhas política e mediática à recuperação do tempo de serviço dos professores

22.05.24, Paulo Prudêncio
Os professores, mais até os Cravos que não murcham,aguardam sentados a reacção das bolhas política e mediática à recuperação do tempo de serviço dos professores. Não se trata de discutir os detalhes. Desde logo, a ideia de recuperação venceu, e esperam-se os tão anunciados protestos dos restantes grupos profissionais da administração pública. Ou, afinal e (...)

Para lá das alternativas (2)

08.02.24, Paulo Prudêncio
"Uma sociedade pós-heróica necessita de uma política que se exerça para lá da alternativa enfática entre o poder e a impotência. Tanto o discurso ideologicamente voluntarista como o derrotismo neoliberal ressoam de tempos heróicos em que mandar era entendido como mandar absolutamente com uma disposição soberana, sem verdadeiros interlocutores, sem respeito pela complexidade social. Mas há vida política no poder limitado e na impotência política bem gerida. A falência da (...)

Da lei de ferro das oligarquias; e como estamos quase dez anos depois?

31.01.24, Paulo Prudêncio
Em 2014, escrevi assim: É indisfarçável: qualquer troca de opiniões sobre política tem conclusões comuns: os poderes financeiro, económico, comunicacional e tecnológico apoderaram-se da democracia; os políticos profissionais já nem se caracterizam pelo apego à cor partidária: sobrepõe-se o interesse pessoal. No dia 22 de Abril de 2014 viajei de automóvel entre as Caldas da Rainha e Lisboa. Ouvi na antena 2 uma entrevista a um recém-doutorado (pareceu-me que se apresentou (...)

Da actualidade (2)

01.12.23, Paulo Prudêncio
A frase de Winston Churchill, "a democracia é o pior dos regimes, à excepção de todos os outros", vulgarizou-se, mas continua oportuna. A propósito, sublinhe-se que a defesa da democracia acolhe o criticismo. Aliás, nota-se a incomodidade do sistema orgânico com os processos independentes. Evocam o perigo da queda nos extremos. Todavia, também se deve repetir que há orgânico muito do que originou a queda das democracias. Quem já acompanhou "movimentos independentes ou de (...)

António Costa pede desculpa com dignidade; resta esperar pela justiça e que o tempo ajude a perceber os factos

11.11.23, Paulo Prudêncio
Os 75 mil euros são imperdoáveis. António Costa pede desculpa com dignidade e renova a confiança na justiça. Resta esperar que esta funcione, até na referência à sua relação com Diogo Lacerda, e que o tempo ajude a perceber os factos. É a primeira vez que isto acontece a um PM em funções e António Costa ainda terá aspectos a explicar num tema com esta gravidade. "António Costa pede desculpa e diz-se envergonhado pelo chefe de gabinete" (...)

Se o poder corrompe

08.11.23, Paulo Prudêncio
"Se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente". É exactamente por isso que existem pesos e contrapesos e que os modelos de gestão são importantes. Na educação, as equipas colegiais, com conselhos directivos ou executivos em que todos os elementos são eleitos  - e não apenas nomeados pelo "unipessoal"-, é o primeiro passo para eliminar a autocracia, o clientelismo e o caudilhismo. Os segundo e terceiro passos são também há muito conhecidos: cadernos eleitorais (...)