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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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O regresso da flexibilidade curricular e o tempo das aulas - post de 23.07.2018

10.04.23, Paulo Prudêncio
O regresso da flexibilidade curricular e o tempo das aulas 23.07.18   No final do século passado, discutiu-se muito a gestão flexível dos currículos e as aulas de 90 minutos. Concluiu-se o óbvio e estabeleceu-se um consenso: as disciplinas têm necessidades horárias diferentes e os anos de escolaridade mais ainda. Há, como sempre houve, espaço para inovar e adequar o (...)

Escolas no Meio da Ponte

25.06.20, Paulo Prudêncio
    1ª edição em 23 de Setembro de 2018. "O fundamental é descobrir o fio à meada", disse Confúcio. Enquanto não temos mais classe média (o fio inquestionável da meada do sucesso escolar), o caderno de encargos da escola continua pesado. Mudar o acesso ao ensino superior (AES), por causa da saúde dos jovens e da industria dos exames e da desigualdade, será um fio comprovado que responsabilizará as instituições do ensino superior na escolha de alunos. A OCDE concluiu que (...)

Escolas de Primeira e de Segunda

13.10.19, Paulo Prudêncio
Enquanto as escolas de primeira recuperam o grego e o latim, inauguram o mandarim e o russo e alargam ao primeiro ciclo os ensinos da história e da filosofia, as escolas de segunda mitigam os saberes humanísticos e artísticos, introduzem o empreendedorismo e transformam a cidadania num instrumento transversal de interminável burocracia. Enquanto nas escolas de primeira a avaliação contínua é um instrumento de exigência e rigor assente na confiança nos professores, nas escolas (...)

Currículo sem busca do tempo perdido

26.12.18, Paulo Prudêncio
      A disciplina imposta pelo euro norteia o Governo. Apesar do positivo ímpeto inicial, as políticas da educação mantêm o essencial dos governos anteriores. Digamos que é explicado, como na imagem, por uma lei da física (força da gravidade): nem um salto inspirado na obra maior de Gaudi resiste à queda para o lugar comum. Apenas mais um ponto: nas mudanças curriculares, percebe-se a intenção, mesmo que ténue, de contrariar o "fim da história"; contudo, a escolha da (...)

Uma definição para escola? Crise (ou quase)

12.12.18, Paulo Prudêncio
      "Deliberadamente vamos utilizar terminologia clássica, aclarando, desde logo, que "não se trata de advogar ou propor o regresso a um passado mítico, e muito menos defender programas mínimos como ler, escrever e contar ou tendências de "back to basics". Trata-se, pelo contrário, de abrir novas perspectivas que ponham a aprendizagem, no seu sentido mais amplo, no centro das nossas preocupações" (Nóvoa, 2009, 194). Reivindiquemos exigência e clareza no debate sobre as (...)

localizar aprendizagens essenciais?!

09.09.18, Paulo Prudêncio
      Decorre mais uma tentativa de institucionalizar a antiga interdisciplinaridade. Não há nada de novo, nem sequer no universo vocabular. Há quase um século que a "escola" percebeu essa necessidade. Se compararmos com as recentes "reformas" anteriores - 1992 (área-escola) ou 1998 (área de projecto) - esta é menos "ousada" por receios financeiros. Esperava-se que se aprendesse com as componentes críticas anteriores: hiperburocracia, consubstanciada em inutilidades (...)

O regresso da flexibilidade curricular e o tempo das aulas

23.07.18, Paulo Prudêncio
      No final do século passado, discutiu-se muito a gestão flexível dos currículos e as aulas de 90 minutos. Concluiu-se o óbvio e estabeleceu-se um consenso: as disciplinas têm necessidades horárias diferentes e os anos de escolaridade mais ainda. Há, como sempre houve, espaço para inovar e adequar o tempo das aulas às disciplinas e aos anos de escolaridade. Só vejo uma finalidade em se fazer tábua rasa (e com esta carga curricular) e regressar aos anos 1990 com (...)

mudanças curriculares sem busca do tempo perdido

02.06.18, Paulo Prudêncio
       Imagem: William Snyder Barcelona; 1992; Jogos Olímpicos.   A disciplina imposta pelo euronorteia o Governo. Apesar do positivo ímpeto inicial, as políticas da educação mantêm o essencial dos governos anteriores; mesmo o não financeiro. Digamos que é explicado, como na imagem, por uma lei da física (força da gravidade): nem um salto inspirado na (...)

do regresso da flexibilidade curricular

08.05.18, Paulo Prudêncio
      Há todo o universo organizacional que cria apreensão no regresso da flexibilidade curricular. Não são as questões didácticas ou científicas. É a má burocracia. Existe o medo da repetição. Na anterior experiência (de 1998 a 2012), generalizou-se um inferno burocrático. Em regra, multiplicaram-se reuniões de agenda repetida com inutilidades informacionais. Pelo contrário, os exemplos bem sucedidos documentados investiram em sistemas de informação associados à (...)

da fractura curricular e da Educação Física

14.04.18, Paulo Prudêncio
      A estrutura curricular nos países menos desenvolvidos tem uma fractura comum: predominam as disciplinas nucleares e atribui-se um papel residual aos saberes do domínio das humanidades e das artes onde se pode incluir a educação física. Objectivamente, a ruptura verifica-se na carga horária. Disciplinas como a língua materna ou a matemática atingem, desde cedo, o dobro ou o triplo das horas semanais das restantes. Estas decisões carecem de fundamentação empírica e (...)

da escola, dos currículos e das coisas óbvias

07.03.18, Paulo Prudêncio
      São sensatos, moderados e razoáveis os que advogam a escola completa, total ou integral. Escolhe-se um dos adjectivos e percebe-se a preocupação com o imperativo democrático. É, portanto, desconhecedor classificar essa sensatez como não defensora dos saberes estruturantes da matemática e das línguas maternas. Aliás, esta datada separação parecia arquivada, uma vez que entre essenciais (como na divisão entre conteúdos e competências) só há espaço para união. (...)

da democracia na escola: entre o passado e o futuro

22.01.18, Paulo Prudêncio
          A confiança nos professores, e na sua autoridade enquanto educadores que transportam saberes nucleares, tem um relação decisiva com o futuro da democracia e com as boas aprendizagens dos alunos. A liberdade de aprender e ensinar é um direito inalienável para alunos e professores e há história suficiente para eliminar equívocos quanto aos efeitos. Há um património docimológico com exigências democráticas. É surpreendente que, na ânsia do controlo das salas (...)

generalizar a flexibilização curricular

18.01.18, Paulo Prudêncio
      A flexibilização curricular, ou interdisciplinaridade, nunca se impôs institucionalmente por causa de "impossibilidades" organizacionais. A hiperburocracia (também a digital) revelou-se a principal componente crítica. Foi assim nas experiências de 1989 e 1998 e há sinais de repetição, como alguém, numa experiência em curso bem a norte, relatou num email: "(...)as nossas avaliações são sempre muito positivas. Confunde-se crítica a um processo com má opinião sobre (...)

Do perfil do aluno

15.01.18, Paulo Prudêncio
      Parece-me aceitável uma discussão abrangente do perfil do aluno. Aliás, um algoritmo sensato exige um perfil com mais de 60% de responsabilidade para a sociedade. A percentagem escolar engloba currículos que foram afunilados principalmente com a troika - mas também antes disso - e que tardam a recuperar uma carga equilibrada.

das preocupações com a gestão do currículo

30.11.17, Paulo Prudêncio
        2ª edição - revista.   O regresso da flexibilidade curricular cria legítimas preocupações, tal o pesadelo burocrático que enredou a última experiência. A imagem acima é elucidativa. Inscreve-se, em 1, um registo do plano curricular da turma em "forma sumária", mas lê-se o 2 e os seguintes e até arrepia. Para além das questões didácticas, há que conhecer o método. Prever a organização, eliminar patamares informacionais inúteis e não dar espaço à ideia (...)

da legítima preocupação

28.07.17, Paulo Prudêncio
      O regresso da flexibilidade curricular cria legítimas preocupações, tal o inferno burocrático em que se viu enredada a última experiência. A imagem acima é elucidativa. Inscreve-se, em 1, um registo do plano curricular da turma em "forma sumária", mas lê-se o 2 e os seguintes e até nos arrepiamos. Para além de todos os devaneios didácticos, há que conhecer o método. Prever a organização e eliminar patamares informacionais desnecessários. Quanto a isso, zero. (...)