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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Da História do Mérito e da Sua Latitude e Longitude

06.02.22, Paulo Prudêncio
Olaf Scholz, o novo chanceler da Alemanha, é defensor das teses muito críticas da meritocracia de Daniel Markovits e Michael Sandel. Sabe que, e para além de outras consequências, a armadilha meritocrática criou, através das competições na escola e no trabalho, um fosso crescente entre as elites e as restantes classes. Esse aumento baseou-se em inéditos e volumosos, e com efeito de bola de neve, investimentos financeiros na educação que resultaram em brutais desigualdades (...)

Os Professores Estão Noutra Fila

03.06.21, Paulo Prudêncio
  Post de 9 de Dezembro de 2018. Os professores são sensatos. Nunca exigiram retroactivos (mais de 8 mil milhões de euros) e até a recuperação do tempo de serviço (600 milhões nas contas inflacionadas) admitiu um faseamento. Os professores, e não só, não exigem retroactivos, mas fartam-se de pagar retroactivamente. Explico-me. O crescimento económico não é a "maré enchente que subirá todos os barcos" porque a riqueza acumulada numa minoria não é taxada, nem (...)

A fila dos professores é outra

28.03.21, Paulo Prudêncio
    Post de 9 de Dezembro de 2018. Os professores são sensatos. Nunca exigiram retroactivos (mais de 8 mil milhões de euros) e até a recuperação do tempo de serviço (600 milhões nas contas inflacionadas) admitiu um faseamento. Os professores, e não só, não exigem retroactivos, mas fartam-se de pagar retroactivamente. Explico-me. O crescimento económico não é a "maré enchente que subirá todos os barcos" porque a riqueza acumulada numa minoria não é taxada, nem (...)

Da Ascensão da Extrema-Direita

02.01.20, Paulo Prudêncio
  A riqueza acumulada numa minoria não é taxada, nem redistribuída, e acentua as desigualdades. O crescimento económico não será a "maré enchente que subirá todos os barcos" porque os governos não têm meios jurídicos para contrariar o neoliberalismo vigente em modo global e agrava-se porque a história da distribuição da riqueza é política e, repitamos, lê-se em dois clássicos: "Riqueza das Nações" de Adam Smith e "O capital no século XXI" de Thomas Piketti. Apesar (...)

Começar Cedo

23.06.19, Paulo Prudêncio
      Quadros de mérito ou de valor aos 10 anos?! Começar cedo, como se de um adulto em miniatura se tratasse, a competir desportivamente ou a ser alvo de honrarias e louvores no ambiente escolar, eram políticas "inócuas" nos anos 50 e 60 do século passado. Era uma espécie de "inocente" preparação para a "selva dos adultos", associada, de forma consciente ou não, a uma carga ideológica classista e exclusiva. Actualmente, são decisões inaceitáveis no domínio das (...)

Começar Cedo (1ª Versão)

20.06.19, Paulo Prudêncio
  Quadros de mérito ou de valor aos 10 anos?! Começar cedo, como se de um adulto em miniatura se tratasse, a competir desportivamente ou a ser alvo de honrarias e louvores no ambiente escolar, eram políticas "inócuas" nos anos 50 e 60 do século passado. Era uma espécie de "inocente" preparação para a "selva dos adultos", associada, de forma consciente ou não, a uma carga ideológica classista e exclusiva. Actualmente, são decisões inaceitáveis no domínio das políticas de (...)

Incentivar?

09.06.19, Paulo Prudêncio
  Quem diria que o verbo incentivar explicaria a encruzilhada civilizacional do mundo desenvolvido. Se recuarmos umas décadas, incentivar era a palavra-chave educacional e organizacional. A sua ubiquidade entranhou-se, fazendo com que a lógica racional do mercado condicionasse a socialização e a estruturação das actividades. Steven D. Levitt, em "Freakonomics: o estranho mundo da economia" e mais recentemente Michael Sandel, em "O que o dinheiro não pode comprar", dedicam (...)

É Outra, a Fila dos Professores

08.06.19, Paulo Prudêncio
      Texto de 09 de Dezembro de 2018.   Os professores são sensatos. Nunca exigiram retroactivos (mais de 8 mil milhões de euros) e até a recuperação do tempo de serviço (600 milhões nas contas inflacionadas) admitiu um faseamento. Os professores, e não só, não exigem retroactivos, mas fartam-se de pagar retroactivamente. Explico-me. O crescimento económico não é a "maré enchente que subirá todos os barcos" porque a riqueza acumulada numa minoria não é taxada, nem (...)

Da História e dos Direitos

31.05.19, Paulo Prudêncio
    Sempre foi questionável a noção de que a economia é uma ciência independente da filosofia moral e política. A foto, e a sua história, remete-nos para a complexidade do problema: há sempre uns quantos que aspiram enriquecer à custa do trabalho dos outros e o difícil, e belo, exercício democrático consiste em contrariar a natureza humana. Michael Sandel, em "O que o dinheiro não pode comprar", coloca a questão actual assim: "Quanto mais os mercados invadem esferas (...)

dos direitos e da história

09.10.18, Paulo Prudêncio
      A história da distribuição da riqueza é política. Não se reduz a mecanismos puramente económicos. Lê-se em dois clássicos: a "Riqueza das Nações" de Adam Smith ou "O capital no século XXI" de Thomas Piketti. Sempre foi questionável a noção de que a economia é uma ciência independente da filosofia moral e política. A foto, e a sua história, remete-nos para a complexidade do problema: há sempre uns quantos que aspiram enriquecer à custa do trabalho dos (...)

do verbo incentivar

19.03.18, Paulo Prudêncio
      O verbo incentivar será uma das componentes mais críticas do mundo desenvolvido. Essa lógica racional do mercado condicionou a socialização e a estruturação das actividades. Importa sublinhar que, há umas décadas, incentivar era uma palavra-chave educacional e organizacional com uma ubiquidade que se entranhou. Steven D. Levitt, em "Freakonomics: o estranho mundo da economia" e mais recentemente Michael Sandel, em "O que o dinheiro não pode comprar", dedicaram-se (...)

Dos atrasos dos alunos

14.09.17, Paulo Prudêncio
        Cansados com a falta de pontualidade no tempo inicial dos alunos com 5 e 6 anos, os professores conseguiram que a escola instituísse uma multa em dólares para os atrasos. E o que é que aconteceu? Os encarregados de educação "integraram" a multa na mensalidade e o número de atrasos subiu. A escola ficou numa encruzilhada com a passagem da multa a taxa. O planeamento dos professores ficou ainda mais difícil. Encontra este e outros exemplos que ajudam a pensar no livro de M (...)

multas para os atrasos dos alunos

08.05.17, Paulo Prudêncio
      Cansados com a falta de pontualidade no tempo inicial dos alunos com 5 e 6 anos, os professores conseguiram que a escola instituísse uma multa em dólares para os atrasos. E o que é que aconteceu? Os encarregados de educação "integraram" a multa na mensalidade e o número de atrasos subiu. A escola ficou numa encruzilhada com a passagem da multa a taxa e a sua eliminação ainda tornou o planeamento dos professores mais difícil de estabelecer. Encontra este e outros exemplos (...)

Michael Sandel e a categoria "incentivar"

17.03.17, Paulo Prudêncio
      O verbo incentivar será uma das componentes mais críticas do mundo desenvolvido. Essa lógica racional do mercado condicionou a socialização e a estruturação das actividades. Importa sublinhar que, há umas décadas, incentivar era uma palavra-chave educacional e organizacional com uma ubiquidade que se entranhou. Steven D. Levitt, em "Freakonomics: o estranho mundo da economia" e mais recentemente Michael Sandel, em "O que o dinheiro não pode comprar", dedicaram-se (...)

Incentivar?

10.01.17, Paulo Prudêncio
      O verbo incentivar será uma das componentes mais críticas do mundo desenvolvido. Essa lógica racional do mercado condicionou a socialização e a estruturação das actividades. Importa sublinhar que, há umas décadas, incentivar era uma palavra-chave educacional e organizacional com uma ubiquidade que se entranhou. Steven D. Levitt, em "Freakonomics: o estranho mundo da economia" e mais recentemente Michael Sandel, em "O que o dinheiro não pode comprar", dedicaram-se ao (...)

do aumento da escala

10.12.16, Paulo Prudêncio
      A obsessão com o aumento da escala é a resposta apressada à supressão do tempo. A humanização como categoria organizacional impor-se-á à escala e será a resposta para contrariar a absolutização do presente. Se isso não acontecer, o caos impor-se-á.   É imperativo devolver aos cidadãos o poder democrático em todos os detalhes e, como diz Michael Sandel, repetir muitas perguntas do género:(...)Se algumas pessoas gostam de ópera e outras de combates de (...)

dos povos e dos eleitores

02.12.16, Paulo Prudêncio
      Aprecio cartoons. Michael Sandel, um importante filósofo vivo e autor de "O que o dinheiro não pode comprar - os limites morais dos mercados" e "Justiça - fazemos o que devemos?", considerará interessante reflectir sobre esta forma de medir povos e eleitores.