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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

O Que AÍ Vem

07.10.19, Paulo Prudêncio
António Costa abriu o discurso de vitória na direcção dos abstencionistas sublinhando a preocupação com o futuro da democracia. Nesse sentido, todo o espectro parlamentar devia inaugurar, antes que seja tarde, a descida da estratosfera e o abandono da nefasta lógica de aparelho. Por outro lado, há quatro anos, e na criação da inédita maioria parlamentar que muitos anunciaram como catastrófica, Mário Centeno aterrou em Bruxelas, e no Eurogrupo, envolto numa aura risível (...)

Geringonça 2.0?

06.10.19, Paulo Prudêncio
  Veremos se haverá uma Geringonça 2.0. As projecções vão nesse sentido, existindo, todavia, a hipótese remota de uma maioria absoluta do PS. Um Governo do PS sem maioria aconselha a reedição da Geringonça sufragada pelos eleitores. A direita terá uma derrota acentuada. Para os que vêem o início desse desaire no apoio à causa dos professores, é bom recordar que os eleitores talvez tenham penalizado o oportunismo de quem faria pior do que a pior versão do Governo como mais (...)

Votar

06.10.19, Paulo Prudêncio
    Dá ideia que estabilizou o sistema das mesas de voto por ordem alfabética. Demorei poucos minutos a votar. Nem sequer havia fila, ao contrário das restantes mesas, no local para o meu nome; e até me pareceu mais movimentada a escola onde voto há muito. Resta esperar pelos resultados.

Afinal, a Gerigonça

04.10.19, Paulo Prudêncio
  Em 2015, Portugal tentou um algoritmo diferente do imposto no Eurogrupo. O mainstream apressou-se a anunciar a syrização. Mário Centeno chegou a Bruxelas envolto numa aura risível, semelhante à da sua primeira intervenção no parlamento que levou Passos Coelho às lágrimas de tanto rir. Por muito que custe aos avessos a qualquer ousadia, como foi o caso do ex-PM, há mérito português. É certo que o plano de Centeno priorizava a subida do consumo interno que não se (...)

Professores sem Lista para a Odisseia

22.09.19, Paulo Prudêncio
  O primeiro-ministro "levantará a bandeira branca com os professores que até 2023 progredirão, em média, dois escalões". Há motivos para duvidar. Para além da questão mais debatida, importa sublinhar outra presença de Kafka: há dois escalões (dos dez) que requerem vagas e há centenas de professores em espera sem conhecerem a lista e nem sequer os critérios de ordenação. São, em muitos casos, professores já com mais de 50 anos de idade, e com mais de 20 ou 30 no quadro, (...)

Concursos de Professores Facultativos?!

16.09.19, Paulo Prudêncio
  Concursos de professores facultativos, só para quem queira mudar de escola, como uma novidade? Mas sempre foi assim e continua a ser. Concorrer sempre foi uma possibilidade voluntária para professores do quadro que queiram mudar de escola. E durante décadas foi um concurso anual. Só no 1º Governo de Sócrates é que se passou a realizar de quatro em quatro anos.

Exclusão Escolar

15.09.19, Paulo Prudêncio
  À excepção de uma referência de António Costa à "flexibilização das escolas", que nivelou a medida pela importante redução dos preços nos "passes dos transportes públicos", a escola foi excluída do debate eleitoral: ou seja, está tudo conversado. A "flexibilização das escolas"oxigenou o ambiente doentio, para alunos, professores e encarregados de educação, provocado pelo inferno da medição reforçado por Coelho, Portas e Crato e iniciado nos governos de Sócrates (...)

A Corrupção e Banksy

07.09.19, Paulo Prudêncio
    O desenho na imagem é de Banksy. Uma leitura possível, é que o combate à corrupção não é mais eficaz por falta de meios. É um facto relatado por investigadores e profissionais. Mas nem sempre será assim. Há também casos estranhos de profissionais que abdicam de meios elementares disponíveis (uns vulgares pneus); é outra leitura do desenho. Encontrei uma notícia de 29 de Maio de 2019:  "A corrupção minou a sociedade. De cima para baixo e de baixo para cima. É uma das maiores quedas no ranking mundial: Portugal está menos competitivo que no ano passado. Corrupção, impostos e economia paralela são algumas variáveis que contribuíram para a descida.(...) (...)

O Género de Ruído Que Oculta o Vazio Escolar

03.09.19, Paulo Prudêncio
    Ao que parece, a notícia da imagem, que fez primeira página no Expresso de 23 de Agosto e que, desse modo, teve quase tanto impacto mediático, entre nós, como a intenção de Trump em adquirir a Gronelândia, foi o momento alto da silly seasonescolar. Quem não conhecer a discussão, e imagino os turistas curiosos com a cultura local, olhará para a notícia e concluirá que os professores portugueses são uns intolerantes que não permitem a ida dos alunos às casas de banho (...)

Vazio Escolar

02.09.19, Paulo Prudêncio
  Ao que parece, a educação não estará na campanha eleitoral. Fica a sensação que as propostas nessa área não cativam os eleitores. Deverá ser esse o argumento usado por quem elabora os programas e que o reforçará com o mediatizado insucesso do PSD e CDS na questão dos professores. E para além dos professores, nenhum programa insere uma linha sustentada sobre os outros temas da vida escolar.

A Culpa Foi dos Professores

27.05.19, Paulo Prudêncio
    A culpa foi dos professores: a abstenção foi a mais alta da história porque os professores não foram votar; a direita sofreu uma derrota histórica porque se associou à luta dos professores; o BE subiu porque captou o voto dos professores (afinal, os professores votaram ou não?); o PCP baixou porque os trabalhadores ficaram com ciúmes da insistência dos sindicatos de professores; o PS subiu dois pontos em relação a 2014 porque não cedeu aos professores. Enfim. Ficava (...)

Fórmulas

26.05.19, Paulo Prudêncio
  Em qualquer fórmula governativa, a recuperação de todo o tempo de serviço dos professores nesta legislatura teria o mesmo destino. A direita evocaria uma impossibilidade financeira e a esquerda uma possibilidade inatingível. A realpolitikditou: o objectivo da esquerda é impedir a fuga de votos, como ficou claro na assinatura parlamentar de Outubro de 2017 (em que PS, PCP e BE, - e claro Verdes, PAN, PSD E CDS -, e depois em acordo com os sindicatos, acordaram uma recuperação (...)

Substância

12.05.19, Paulo Prudêncio
      No vórtice em que vivemos, ampliado pela ubiquidade das notícias falsas que se estabeleceram nos órgãos de comunicação social e nas redes sociais, prevalece o efémero que se esgota em minutos, horas ou dias. Não há espaço mediático para a substância das coisas. As vitórias e as derrotas políticas têm a mesma vigência. Os professores viveram os dois estados numa luta desigual. Acima de tudo, e como os professores são muitos, as forças que controlam o OE não (...)

Eleições e Coligações

05.05.19, Paulo Prudêncio
      Nas legislativas não se vota num primeiro-ministro; elegem-se deputados. Os deputados integram partidos políticos. Os partidos formam uma maioria que permitirá ao PR nomear quem estiver em melhores condições para aprovar um programa de Governo e o respectivo OE. O Parlamento aprovou, apenas na especialidade e só com o voto contra do PS, a recuperação integral do tempo de serviço dos professores. Fala-se de coligação negativa do PCP, BE, PSD e CDS. Os professores (...)

Da Erosão do Centro

24.02.19, Paulo Prudêncio
      A erosão do centro político (ou arco governativo) explica os sucessos eleitorais dos extremos finais no universo político global. Se o triunfo em toda a linha do neoliberalismo é um argumento essencial para descrever o fenómeno, o descuido com os detalhes da democracia também integra a razão. Contudo, sublinhe-se que, e nosso caso também, a corrupção é tão ubíqua e persistente que pode funcionar como buraco negro e ocultar os outros argumentos.  Olhe-se para a (...)