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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Reféns

15.12.19, Paulo Prudêncio
  "Vivemos em permanente medição, quantificação e avaliação. Nada escapa. Coisas, pessoas, actividades ou instituições. Obcecados com números, rankings, ratings ou likes, já nem nos damos ao trabalho de pensar. O nosso espaço mental é uma tabuada. Consumimos percentagens como se fossem ansiolíticos. Vivemos em cálculo permanente. Desiste-se de elucidar, de reflectir ou persuadir.(...)" É assim que Vítor Belanciano começa "a sua crónica (...)

a sociedade educativa adoeceu gravemente; e não é de agora

04.05.18, Paulo Prudêncio
      Instalou-se a febre da medição em modo prova final ou aferição e em mais ou menos áreas; e não há distinções de grau no estado patológico. O valor desmesurado dado ao resultado chega a ser tão confrangedor que já nem sequer se questiona a efemeridade de qualquer conclusão. Tenho ideia que boa parte das opiniões sobre PISA, TIMMS ou PIRLS desconhece os conteúdos avaliados. É um fenómeno semelhante ao do estrangeirado ranking. Faz tudo parte da doença grave (...)

são 11x11 e no fim ganha a Alemanha

24.04.16, Paulo Prudêncio
    As elevadas taxas de insucesso escolar evergonham-nos e aumentaram nos últimos anos. O empobrecimento só podia dar nisto. Choca saber que, em 2014, 11 mil crianças reprovaram no 2º ano de escolaridade, o tal que o inferno da medição vai passar a aferir depois de inúmeros seminários, colóquios e horas mediáticas.   O director-geral de uma tal de EPIS (empresários pela inclusão) que se dedica há muito ao apoio social a estudantes, também se choca e escreveu para o E (...)

nos 1% não cabem pessoas

11.01.16, Paulo Prudêncio
      Lia o enunciado depois de vigiar um longo exame de português e viajei no tempo. Lembrei-me do professor Pires dos Santos. Pegava numa obra, passava aulas à volta do conteúdo e tratava da gramática e das circunstâncias mais variadas. Um teste com duas ou três perguntas era suficiente para nos avaliar.   Mas voltando ao tal exame, impressionou-me a fragmentação das três obras incluídas. Não há belo que resista. Não sei se esse tipo de obsessão métrica não nos (...)

uns eternos arrependidos

09.07.14, Paulo Prudêncio
          Não se percebe o que tem sustentado o apoio inicial sem limites aos últimos ministros da Educação. O facto torna risível o "discurso dos arrependidos", como se lê hoje no Público, "O pior do Crato", pelas teclas de Carlos Fiolhais. Fiolhais parece que é amigo do ministro, que conhece as suas ideias sobre ensino superior e investigação e que está desiludido. (...)

mais negativo do que o tempo

26.11.13, Paulo Prudêncio
      Está muito frio, mas os graus que medem as políticas educativas devem estar uns graus abaixo do tempo e ultrapassam, com toda a certeza, a compreensão da termodinâmica ou da física estatística. Foi assim com os titulares, com os avaliadores, com os objectivos individuais, com as greves, com a participação na gestão escolar e por aí fora e é agora com os professores contratados (as históricas cobaias) (...)