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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Da lei de ferro das oligarquias; e como estamos quase dez anos depois?

31.01.24, Paulo Prudêncio
Em 2014, escrevi assim: É indisfarçável: qualquer troca de opiniões sobre política tem conclusões comuns: os poderes financeiro, económico, comunicacional e tecnológico apoderaram-se da democracia; os políticos profissionais já nem se caracterizam pelo apego à cor partidária: sobrepõe-se o interesse pessoal. No dia 22 de Abril de 2014 viajei de automóvel entre as Caldas da Rainha e Lisboa. Ouvi na antena 2 uma entrevista a um recém-doutorado (pareceu-me que se apresentou (...)

Era já uma Viena trágica

01.06.23, Paulo Prudêncio
"(...)Era já uma Viena trágica. Não podemos esquecer o paradoxo: a matriz - se assim me atrevo a dizer - da nossa cultura moderna, do nosso modernismo, e até mesmo pós-modernismo, mas já à sombra de um anti-semitismo cada vez mais feroz, e, sobretudo devido á catástrofe de 1914-1918, o troço decepado de um império que procurava - já então - o seu futuro na direcção da Alemanha.(...). Veja bem que foi um presidente do município de Viena, Karl Lueger, um homem muito (...)

Em memória de João Serra (1949-2023)

22.04.23, Paulo Prudêncio
Durante muitos anos fomos vizinhos, mas as nossas conversas foram quase sempre virtuais. Vim residir para as Caldas da Rainha em 1989 e conheci o João Serra nessa altura. Passámos a conversar com frequência. O João Serra tinha um conhecimento profundo sobre vários assuntos. Há algum tempo que estranhava a sua ausência. Que descanse em paz. Um amigo comum recordou-me esta passagem do seu blogue. O texto que o João me ofereceu é muito pertinente. Caracteriza o tempo que estamos (...)

"A solidão das lutas" - Uma pessoa até se belisca a ler estas coisas com quase 10 anos

16.02.23, Paulo Prudêncio
"A solidão das lutas" - um texto de 28 de Junho de 2013 "Uma coisa os professores devem ter percebido, como os funcionários públicos perceberão, como os estivadores, ou os trabalhadores dos transportes, já tinham percebido. É que se quiserem resistir à avalanche que lhes caiu e cai em cima, estão sozinhos. A boca cheia da solidariedade é apenas isso, mas cada (...)

Horizonte Cosmopolita

04.01.23, Paulo Prudêncio
"Há ocasiões na história, como na vida, em que faltam as pessoas necessárias e outras em que faltam as condições embora os actores estejam bem preparados. Pirandello criou uma grande metáfora para nos fazer compreender que falta sempre qualquer coisa na realidade, que a vida, a sociedade, são uma grande montagem precedida de ensaios nos quais se vai verificando que tudo está no seu lugar, que ninguém falha a sua função e que as responsabilidades estão asseguradas. Muitas (...)

Do Risco e das Utopias

23.08.22, Paulo Prudêncio
Com todos os riscos de quem retira do contexto uma passagem, não resisto a citar Ulrich Beck (2015:22) "Sociedade de risco mundial - em busca da segurança perdida", Lisboa, Edições 70, "(...)o risco constitui o modelo de percepção e de pensamento da dinâmica mobilizadora de uma sociedade, confrontada com a abertura, as inseguranças e os bloqueios de um futuro produzido por ela própria e não determinada pela religião, pela tradição ou pelo poder superior da natureza, mas que (...)

Quantos Mais Anos Se Vive

09.07.22, Paulo Prudêncio
Quantos mais anos se vive, mais se percebe que o revisionismo histórico faz-se em todos os quadrantes e até em nome do sentido de Estado.

De Círculo Vicioso a Círculo Virtuoso

24.05.22, Paulo Prudêncio
As nações são ricas se conseguiram, diz a história da economia política, desenvolver instituições inclusivas durante três séculos. Ou seja, entram em círculos virtuosos. Mas não basta uma revolução como a Gloriosa de Inglaterra (1688) ou Francesa (1789): em princípio, tudo começa aí: criam-se instituições inclusivas, mas só com muita determinação e altruísmo é que se consegue que a lei de ferro das oligarquias não se imponha aos novos poderes com o objectivo de (...)