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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Da série o caos no tratamento de dados no Ministério da Educação

07.07.24, Paulo Prudêncio
No que levamos de milénio, o PS e o PSD falharam na Educação; mais o PS, obviamente, até porque esteve muito mais tempo no poder. Acima de tudo, um ministro é mais uma espécie de CEO do que um presidente de uma associação de estudantes. Nos 50 anos de democracia, o ministro com mais anos no cargo foi o inexistente Tiago Rodrigues; e quem o antecedeu e lhe sucedeu não fez diferente. Basta ter como referência a gestão de dados da administração educativa.

Articular (2)

15.06.24, Paulo Prudêncio
              Articular, o verbo, é um modismo na linguagem do sistema escolar. Conjuga-se nas situações de maior embaraço. Por exemplo, quando nada mais resta para justificar a terraplanagem de escolas, as três pessoas do plural entram em acção; embora a terceira, e no futuro do indicativo (para dar alguma folga ao bem-pensante devaneio), seja a mais requisitada. Têm sido inúmeros (...)

A escola e a dança dos homens (3)

13.06.24, Paulo Prudêncio
    "Se houvesse um povo de deuses, ele governar-se-ia democraticamente. Um governo tão perfeito não convém a homens" (1). Esta conclusão explica o Ministério da Educação das últimas duas décadas, em que houve homens acima dos deuses e da democracia. Se a entropia social evidenciada em 2008 expôs a "lei de bronze da oligarquia" (ideia de Robert Michels)que condicionou os governos, na escola portuguesa a dependência ficou a cargo de uma dança de homens que descolou o (...)

Programa do Governo anuncia nova explosão dos professores

10.04.24, Paulo Prudêncio
Sabe-se que a cíclica explosão dos professores na última década e meia se deveu à avaliação opaca e kafkiana do seu desempenho, associada ao modelo autocrático de gestão das escolas e à possibilidade da mudança para as escolas do concurso de professores com a subvalorização da lista graduada. Pois o programa do Governo prevê considerar a residência e a avaliação nos concursos, e criar uma carreira de dirigente escolar diferente da de professor. Estes governantes (...)

São as políticas, e não o absentismo ou as aposentações, que causam a falta de professores

15.09.23, Paulo Prudêncio
São as políticas, e não o absentismo ou as aposentações, que causam a falta de professores Pelo Público em 13 Setembro de 2022. Como acordado, o texto está publicado no blogue. Título: São as políticas, e não o absentismo ou as aposentações, que causam a falta de professores Milhares de alunos meses a fio (...)

Faltas Escolares

18.07.23, Paulo Prudêncio
Numa sociedade saudável, a gestão administrativa das faltas escolares tem a justificação como ponto de partida. Ou seja, os sistemas de informação são programados para que o lançamento inicial seja como falta justificada. Nas outras sociedades, o ponto de partida administrativo da falta escolar é a injustificação. Ou seja, a desconfiança prevalece e este pequeno detalhe provoca uma sucessão de procedimentos para justificar uma maioria de faltas que são justificadas. Parece (...)

Universo Escolar e Plataformas Digitais

09.07.23, Paulo Prudêncio
Não é surpreendente que se apontem as "empresas externas" (o outsourcing e as plataformas digitais) como uma das componentes mais desfavoráveis nas organizações modernas. A opção facilitou o aumento da escala, mas desprezou a gestão de proximidade como valor precioso e inalienável. A "gestão do exterior" satisfez os investidores porque permitiu a subida dos lucros com a redução de profissionais. Essa supressão cerebral (na maioria dos casos, e incluindo o escolar, sem (...)

(des)articular

30.06.23, Paulo Prudêncio
    (1ª edição em 26 de Julho de 2010) O fenómeno articular nasceu em 1990 para enquadrar uma série de síndromas que ganhavam força e terreno. Foi aí que as teorias curriculares iniciaram um metabolismo de invenções técnico-pedagógicas, de má burocracia e de infantilização (...)