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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Era já uma Viena trágica

01.06.23, Paulo Prudêncio
"(...)Era já uma Viena trágica. Não podemos esquecer o paradoxo: a matriz - se assim me atrevo a dizer - da nossa cultura moderna, do nosso modernismo, e até mesmo pós-modernismo, mas já à sombra de um anti-semitismo cada vez mais feroz, e, sobretudo devido á catástrofe de 1914-1918, o troço decepado de um império que procurava - já então - o seu futuro na direcção da Alemanha.(...). Veja bem que foi um presidente do município de Viena, Karl Lueger, um homem muito (...)

das influências e da geografia

24.10.13, Paulo Prudêncio
            Talvez a geografia associada à política condene os povos não só à repetição dos gestos como à aprovação dos momentos mais trágicos da história. Por exemplo, a extrema direita parece ganhar terreno no centro da Europa.     "(...)Era já uma Viena trágica. Não podemos esquecer o paradoxo: a matriz - se assim me atrevo a dizer - da nossa cultura moderna, do nosso modernismo, e até mesmo pós-modernismo, mas já à sombra de um anti-semitismo cada (...)

tem sido assim

26.11.12, Paulo Prudêncio
        Sempre que há uma catástrofe natural, mesmo que não seja de interesse mediático planetário, há dois argumentos muito usuais e que se contradizem: é a maior desde que há registos (e parece que cada vez é mais assim) e à escala do planeta são abalos insignificantes.   A escalada produtiva que temos vivido tem contradições insanáveis e basta pensarmos na industria de armamento. O seu desmantelamento criaria desemprego em massa e a sua manutenção provoca o flagelo (...)

os intelectuais e a tirania

25.11.12, Paulo Prudêncio
                A crónica de ontem de Pacheco Pereira no Público aponta o dedo, e muito bem se me permitem, aos intelectuais que consideram que os portugueses não estão conscientes das dificuldades (como se pode ler na imagem que acompanha o post).   É frequente ouvirmos aplicar o determinante indefinido "todos" para atribuir responsabilidades aos portugueses (...)

herança pesadíssima

19.11.12, Paulo Prudêncio
          É impossível condensar num post tudo o que se pensa ou escreveu sobre um assunto e isso pode gerar equívocos.   A Alemanha, como de resto a França, a Itália, a Espanha, a Grécia, Portugal, a Inglaterra ou os Estados Unidos e por aí fora têm, apesar dos momentos trágicos, de ter orgulho na sua história e na sua cultura.   A actualidade alemã é particularmente difícil. Terminou há pouco a "inclusão" da região leste e tem de ser uma "pedra" chave numa Europa (...)

da história e da repetição

07.11.12, Paulo Prudêncio
                Não sei se a história se repete, mas talvez a geografia associada à política condene os povos não só à repetição dos gestos como à aprovação, consciente ou não, dos momentos mais trágicos da história.   Foi assim em 1914-18 e repetiu-se de um algum modo em 1939-1945. A Europa central tem na região que inclui a Alemanha um pólo devastador, (...)

do silêncio

30.04.11, Paulo Prudêncio
    Numa época de crise financeira e em que se fazem diagnósticos sem fim, é pertinente que nos interroguemos sobre o silêncio à volta de preocupações manifestadas por George Steiner.   "George Steiner, considerado um dos mais importantes pensadores actuais, lamentou que se viva um dos períodos mais selvagens da História e em (...)

cultura

12.08.10, Paulo Prudêncio
    "(...) A cultura mais não é do que um convite, um convite ao cultivo da nobreza de espírito. A cultura fala discretamente: "Deves mudar a tua vida". A sabedoria que oferece é revelada, não por palavras, mas por actos. Ser "culto" requer muito mais do que erudição e eloquência. Mais do que tudo o resto, significa cortesia e respeito. A cultura, como o amor, não possui uma capacidade para obrigar. Não oferece garantias. E, contudo, a única possibilidade de alcançar e (...)

nada de novo

11.08.10, Paulo Prudêncio
    "(...) Uma vez mais, não é nada de novo. Doistoievski descreveu-o em Os Possessos: hipocrisia, corrupção intelectual, fascínio pela violência, vício do poder e um conformismo infinito caracterizam demasiados intelectuais. (...)"         Rob Riemen no livro de George Steiner, A Ideia de Europa, Edições Gradiva.

não há necessidade

10.08.10, Paulo Prudêncio
    "(...). Não há necessidade de discutirmos, mais uma vez, Heidegger e as suas tendências fascistas, ou o oficial das SS que chegava a casa e tovaca Schubert depois de mais um dia de carnificina. Vemos, repetidamente, que nem o conhecimento intelectual nem a educação liberal oferece qualquer garantia de juízo moral correcto, quanto mais uma ética melhor. (...)"   Rob Riemen no livro de George Steiner, A Ideia de Europa, Edições Gradiva.

silêncios

06.06.09, Paulo Prudêncio
    (encontrei esta imagem aqui)         ""Temos tendência a esquecer que, por serem altamente vulneráveis, os livros podem ser suprimidos ou destruídos. Como as demais produções humanas, os livros são portadores de uma história, história essa cujos primórdios continham já em germe a possibilidade ou a (...)