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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Para lá das alternativas (2)

08.02.24, Paulo Prudêncio
"Uma sociedade pós-heróica necessita de uma política que se exerça para lá da alternativa enfática entre o poder e a impotência. Tanto o discurso ideologicamente voluntarista como o derrotismo neoliberal ressoam de tempos heróicos em que mandar era entendido como mandar absolutamente com uma disposição soberana, sem verdadeiros interlocutores, sem respeito pela complexidade social. Mas há vida política no poder limitado e na impotência política bem gerida. A falência da (...)

Ha uma categoria intermédia

19.06.23, Paulo Prudêncio
"(...)Há o bem e o mal, e há uma categoria intermédia que é o Mal tolerado. Há um cinismo inconsciente, que é necessário à vida. É o que eu chamaria o intolerável tolerado. Mas agora isso tornou-se num cinismo demasiado visível, que tomou conta do espaço público, é ubíquo. Essa transparência, visibilidade do intolerável, pode levar, a longo prazo, a que o sistema mude a partir do interior, por acção de uma outra categoria, que competiria com a da ganância: a vergonha. (...)

Do Risco e das Utopias

23.08.22, Paulo Prudêncio
Com todos os riscos de quem retira do contexto uma passagem, não resisto a citar Ulrich Beck (2015:22) "Sociedade de risco mundial - em busca da segurança perdida", Lisboa, Edições 70, "(...)o risco constitui o modelo de percepção e de pensamento da dinâmica mobilizadora de uma sociedade, confrontada com a abertura, as inseguranças e os bloqueios de um futuro produzido por ela própria e não determinada pela religião, pela tradição ou pelo poder superior da natureza, mas que (...)

Da Meritocracia

22.06.22, Paulo Prudêncio
O "excesso" de meritocracia, ou a meritocracia insensata e mergulhada no capitalismo selvagem, elimina a meritocracia como alicerce das sociedades democráticas do nosso tempo. É uma conclusão que vai ganhando força e que não é contraditória. E depois existe uma questão antiga que Michael J. Sandel, em "O que o dinheiro não pode comprar", sintetiza de forma simples e bem actual: "há valores que o mercado diminui ou perverte".

Do Mal Tolerado

19.06.22, Paulo Prudêncio
"(...)Há o bem e o mal, e há uma categoria intermédia que é o Mal tolerado. Há um cinismo inconsciente, que é necessário à vida. É o que eu chamaria o intolerável tolerado. Mas agora isso tornou-se num cinismo demasiado visível, que tomou conta do espaço público, é ubíquo. Essa transparência, visibilidade do intolerável, pode levar, a longo prazo, a que o sistema mude a partir do interior, por acção de uma outra categoria, que competiria com a da ganância: a vergonha. (...)

Coisas Intemporais

26.04.22, Paulo Prudêncio
 "Que o caos está presente em tudo é uma descoberta grega que se torna arrepiante quando se descobre que, em vez de estar no início, está dentro de todas as coisas, mesmo aquelas que fazemos para nossa segurança."  José B. de Miranda, Queda sem fim.

Do Mal e Do Bem

21.09.21, Paulo Prudêncio
"(...)Há o bem e o mal, e há uma categoria intermédia que é o Mal tolerado. Há um cinismo inconsciente, que é necessário à vida. É o que eu chamaria o intolerável tolerado. Mas agora isso tornou-se num cinismo demasiado visível, que tomou conta do espaço público, é ubíquo. Essa transparência, visibilidade do intolerável, pode levar, a longo prazo, a que o sistema mude a partir do interior, por acção de uma outra categoria, que competiria com a da ganância: a vergonha. (...)

A Liberdade Evolui

19.03.21, Paulo Prudêncio
Daniel Dennett é um relevante filósofo americano. "A liberdade evolui" é o título de uma das suas obras. Tem uma pequena história que merece uma atenta reflexão.  "A Orquestra Sinfónia de Boston é conhecida por fazer a vida difícil aos maestros convidados até que estes dêem provas de que merecem ocupar o lugar. Perante a sua estreia à (...)

Eduardo Lourenço (1923-2020)

01.12.20, Paulo Prudêncio
    "Os portugueses se atormentam, se perseguem e se matam uns aos outros, por não terem entendido que o Reino, tendo feito grandes conquistas, viveu por mais de três séculos do trabalho dos escravos, e que perdidos os escravos era preciso criar uma nova maneira de existência, criando os valores pelo trabalho próprio". Mouzinho da Silveira, 1832 (Citado por Eduardo Lourenço em "O labirinto da saudade", 1972:9) (1ª edição em 22 de Setembro de 2011) ou Casos, opiniões, natura e uso F (...)