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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Fechei este ciclo profissional. A aposentação será a partir de 1 de Julho de 2024.

25.06.24, Paulo Prudêncio
A aposentação será a partir de 1 de Julho de 2024. Optei por uma antecipação voluntária.  Ser professor tem, na minha perspectiva, duas dimensões inalienáveis que muitas vezes se cruzam: a profissional, na escola e no sistema escolar, e a cívica, na sociedade. Fechei um ciclo profissional de cerca de quatro décadas. Fui professor em Lisboa, Porto, Amadora (Regimento de Comandos, em Serviço Militar Obrigatório), S. João da Madeira, Chaves (onde fiz uma inesquecível (...)

"46 mil professores efetivos concorrem a mudar de escola"

“Há agrupamentos onde mais de 90 professores concorreram”

17.06.24, Paulo Prudêncio
Pesquise por "professores do quadro que querem mudar de escola" e encontra notícias como a que vai ler e números como os que estão em título. E como se podia comprovar num estudo mais detalhado, há milhares que concorrem para "fugir" da insanidade organizacional e da autocracia na tomada de decisões; alimentam uma intenção que muitas vezes não passa de uma ilusão tal o estado a que se chegou. "Este ano há 46 088 professores dos quadros a concorrerem ao concurso interno, para (...)

Da recuperação do tempo de serviço dos professores e dos concursos

24.05.24, Paulo Prudêncio
É óbvio que é justo e fundamental que o poder político recupere o tempo de serviço dos professores, e cumpra uma promessa eleitoral. Mas para se ser justo, é crucial respeitar a História, criar massa crítica e conhecer bem os inúmeros detalhes brutalmente injustos. Por isso, e por serem tantos e labirínticos, é que se defende uma refundação assente na simplificação de colocar cada professor no escalão correspondente ao tempo de serviço prestado. Aliás, tal objectivo tem (...)

A ideia é fazer mesmo uma justiça histórica na carreira dos professores? Coloque-se cada um no escalão correspondente ao tempo de serviço que prestou

23.05.24, Paulo Prudêncio
Antes do mais, o tratamento político da carreira dos professores foi indecente. Permitiu contas certas e nunca se assumiu nem agradeceu o facto. Foi, de 2011 a 2024, o grupo profissional que mais contribuiu para esse objectivo orçamental. Sublinhe-se que a ideia vigente de recuperação do tempo de serviço é uma vitória notável dos professores. Mas se a ideia é mesmo fazer uma justiça histórica na destruída carreira dos professores, só colocando cada professor no escalão (...)

Não será desta vez

03.05.24, Paulo Prudêncio
Não será desta vez que a destruída carreira dos professores do ensino não superior sairá do estado de injustiças, ultrapassagens, sonegações e por aí fora. Aliás, tudo indica que se acrescentarão mais injustiças e mais situações que desprezam a democracia. Há uma espécie de desnorte governamental que atravessou quase todo o tempo que levamos de milénio. Quem entra a governar centra-se no corte do produto orçamental e na obtenção de dados, e cria mais entropia numa (...)

Não são as profissões que fazem as pessoas; são as pessoas que fazem as profissões.

28.02.24, Paulo Prudêncio
Não são as profissões que fazem as pessoas; são as pessoas que fazem as profissões. Esta conclusão poética devia ser atendida por quem desvaloriza uma profissão a partir de um preconceito ou de uma experiência infeliz ou desagradável. Eleve-se um movimento inovador, como o cubismo no início do século passado, que coloque os elementos da cena em todos os ângulos possíveis (a ideia em título é minha; a parte do poema que está na imagem cubista tem outra ideia).

Alguém que informe o PSD

01.10.23, Paulo Prudêncio
Alguém que informe o PSD que os professores reformados não podem recuperar tempo de serviço. A proposta de recuperação em 5 anos (20% em cada um) é tão surpreendente como querer recuperar a brutalmente injusta avaliação do desempenho como factor para concursos. Se chegarem ao poder em 2026, a recuperação do tempo terminará em 2031. Além de tudo, a não recuperação já originou perdas irreparáveis no valor das reformas (muitos professores nem terão pensão capaz de pagar um (...)

São as políticas, e não o absentismo ou as aposentações, que causam a falta de professores

15.09.23, Paulo Prudêncio
São as políticas, e não o absentismo ou as aposentações, que causam a falta de professores Pelo Público em 13 Setembro de 2022. Como acordado, o texto está publicado no blogue. Título: São as políticas, e não o absentismo ou as aposentações, que causam a falta de professores Milhares de alunos meses a fio (...)

Um retrato de um país com os professores à beira de outro ataque de nervos

10.09.23, Paulo Prudêncio
Um retrato de um país com os professores à beira de outro ataque de nervos. "Sujeitei-me a muita coisa porque sempre acreditei que um dia teria alguma compensação, mas o tempo passa e eu ponho-me a olhar para trás e a questionar: Quando é que isto vai acabar?", desabafou. "Ana Rita vive sozinha num quarto alugado na Buraca, na Amadora, a 300 quilómetros de casa. Elisabete Rodrigues desistiu este ano e abandonou a profissão." "Com 50 anos, professora vive num quarto para poder dar aulas.  (...)

Década e meia perdida na Educação

14.07.23, Paulo Prudêncio
A História não se repete exactamente, mas o que estamos a viver na Educação era previsível e parece plasmado de 2008. Confirma-se o que os professores disseram nessa altura: as políticas na carreira e avaliação dos professores, e na gestão das escolas, são desastrosas. Se em 2008 os professores resistiram, mas os poderes instalados anestesiaram a contestação, em 2023 a onda de saturação é ainda, e naturalmente, mais forte e informada. É importante reforçar que a (...)

17 anos De Uma Tragédia Anunciada Que Só Os Professores Viam

08.07.23, Paulo Prudêncio
Avaliar um professor por um relatório de três páginas (que mencionará, ou não, mais duas farsas próprias do estado a que isto chegou: aulas observadas e horas de formação) pontuando-o até às décimas numa escala de 1 a 10 pontos, é uma farsa burocrática que só existe nas caricaturas de uma social-democracia. O SIADAP (avaliação na nossa administração pública) só funciona em clima de faz de conta. Quando se aplica com cotas em universos de grandes escalas, como na (...)

O surreal arrasta-se de negociação em negociação

23.03.23, Paulo Prudêncio
  Há muito que se percebeu a indecência num assunto demasiado sério. O marketing político espera pelo cansaço dos professores e já fez coisas graves: tentar colocar pais contra professores, culpar o WhatsApp, propor "mudanças" iguais ao que existe (as percentagens do acesso aos 5º e 7º escalões, 75% e 58%, repetiram o que existe, 50% + 25% das quotas e 33% + 25% das quotas) distorcer pareceres da PGR, passar o conselho local de directores para conselho local de quadro de (...)

Da Proposta Assimétrica e Surreal

23.03.23, Paulo Prudêncio
Da proposta assimétrica e surreal: "abranger os professores que estavam em funções a 30 de agosto de 2005 (data de início do primeiro congelamento na carreira docente) e que tenham 9 anos, 4 meses e 18 dias de tempo congelado. E propõe a recuperação do tempo que os docentes ficaram a aguardar vaga para ascender ao 5º e 7º escalões, a partir do ano de descongelamento." 

Repita-se

03.03.23, Paulo Prudêncio
Os profissionais da Administração Pública recuperaram os 7 anos de serviço congelados no período de 2011 a 2017. Para além disso, todos, com excepção dos professores, já tinham recuperado os 2 anos e 4 meses dos congelamentos anteriores a 2011.  Por outro lado, os professores têm quotas nos 10 escalões e são os únicos com vagas (e logo em dois: 4º e 6º escalões). Nas regiões autónomas está tudo recuperado. Na maior parte das carreiras, o tempo em cada escalão é de (...)

17 anos De Uma Tragédia Anunciada Que Só Os Professores Viam

21.01.23, Paulo Prudêncio
Avaliar um professor por um relatório de três páginas (que mencionará, ou não, mais duas farsas próprias do estado a que isto chegou: aulas observadas e horas de formação) pontuando-o até às décimas numa escala de 1 a 10 pontos, é uma farsa burocrática que só existe nas caricaturas de uma social-democracia. O SIADAP (avaliação na nossa administração pública) só funciona em clima de faz de conta. Quando se aplica com cotas em universos de grandes escalas, como na (...)

Da década e meia perdida na Educação

15.01.23, Paulo Prudêncio
A História não se repete exactamente, mas o que estamos a viver na Educação era previsível e parece plasmado de 2008. Confirma-se o que os professores disseram nessa altura: as políticas na carreira e avaliação dos professores, e na gestão das escolas, são desastrosas. Se em 2008 os professores resistiram, mas os poderes instalados anestesiaram a contestação, em 2023 a onda de saturação é ainda, e naturalmente, mais forte e informada. É importante reforçar que a (...)