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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

"Em Portugal, a falta de autonomia dos adolescentes é assustadora"

03.06.16
      Mesmo com toda a prudência em relação às causas da referida falta de autonomia, os últimos anos acentuaram uma sociedade ausente que depositou na escola as tarefas educativas.   As crianças não têm tempo não supervisionado. A constatação começa cedo com a supressão da "brincadeira em espaço livre". Se olharmos para pequenos exemplos da organização escolar, percebemos fenómenos semelhantes com os jovens. Desde a eliminação do "furo" escolar até à redução (...)

do regresso da norma-travão?

10.02.16
        Se o Governo quer elevar a escola pública, tem que se divorciar de vez do legado "totalitário" (escola "educadora a tempo inteiro", por exemplo) comprovadamente nefasto de Lurdes Rodrigues; por mais sedutoras, bem-pensantes e poupadas que pareçam as ideias e os mitos.    

dos eufemismos escolares e do estado a que isto chegou

21.06.15
        É natural nos países europeus que as escolas encerrem para férias algumas vezes por ano de modo a que alunos, professores e outros profissionais escolares renovem as energias. É assim e ponto final. Em Portugal é diferente, é o grau sei lá o quê dos eufemismos: os "órgãos" das escolas dizem que interrompem para reflectir e os dos pais que querem os alunos a frequentar a escola durante 11 meses ao ano (e com férias nas escolas, digo eu).   Há em Portugal outra perda (...)

plano inclinadíssimo

10.10.13
          Nuno Crato foi muito para além da troika. Ou seja: sabemos do memorando e da condição de protectorado, mas o que se espera de um primeiro-ministro na defesa do país (e Passos, o feitor, fez tudo ao contrário) é o mesmo que se exige a um ministro da Educação em relação ao sistema escolar.   Nem no conselho de ministros Nuno Crato deve ter sido uma voz em defesa da escola (...)

mais vale acordar tarde do que não acordar

19.09.13
          As causas imediatas deste problema estão identificadas: os cortes a eito armazenaram alunos, a contabilidade dos tempos lectivos incluiu, em regra, mais uma turma nos horários dos professores e os docentes sem componente lectiva andam a ocupar tempos noutros ciclos para que se eliminem do sistema os professores contratados.   Basta pensar num grupo disciplinar do (...)

pedagogia do silêncio

25.01.13
              Podemos considerar a pedagogia do silêncio como uma espécie de metáfora que contraria o insuportável caderno de encargos da escola actual, que atribui à instituição um papel centrado na sala de aula e que contraria o excesso de informação e de ruído a que se sujeitam as crianças até no ambiente escolar. A pedagogia do silêncio elege a sala de (...)

sem sociedade e sem escola

23.01.13
        Usei parte deste texto noutros posts. A redundância tem limites.       Não sou pessimista, mas quem anda pelas escolas regista o estado de desesperança. Se já não tínhamos sociedade, parece que também já temos menos escola.   Os governos deste milénio agruparam escolas a eito porque estavam ancorados em maiorias absolutas e porque foram abençoados por cooperações estratégicas e pela opinião publicada. Deram corpo a políticas que misturaram a agenda (...)