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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

"Em Portugal, a falta de autonomia dos adolescentes é assustadora"

03.06.16, Paulo Prudêncio
      Mesmo com toda a prudência em relação às causas da referida falta de autonomia, os últimos anos acentuaram uma sociedade ausente que depositou na escola as tarefas educativas.   As crianças não têm tempo não supervisionado. A constatação começa cedo com a supressão da "brincadeira em espaço livre". Se olharmos para pequenos exemplos da organização escolar, percebemos fenómenos semelhantes com os jovens. Desde a eliminação do "furo" escolar até à redução (...)

do regresso da norma-travão?

10.02.16, Paulo Prudêncio
        Se o Governo quer elevar a escola pública, tem que se divorciar de vez do legado "totalitário" (escola "educadora a tempo inteiro", por exemplo) comprovadamente nefasto de Lurdes Rodrigues; por mais sedutoras, bem-pensantes e poupadas que pareçam as ideias e os mitos.    

escola a tempo inteiro até ao 9º ano?

10.02.16, Paulo Prudêncio
      A escola a tempo inteiro foi uma das medidas educatidas mais polémicas dos últimos anos porque acentuou a ideia de escola transbordante numa sociedade ausente. A sensação de escola-armazém instalou-se e "desresponsabilizou" a sociedade e as famílias deixando à escola a "impossibilidade" da "educação a tempo inteiro". O DN tem uma boa peça sobre o assunto (...)

dos eufemismos escolares e do estado a que isto chegou

21.06.15, Paulo Prudêncio
        É natural nos países europeus que as escolas encerrem para férias algumas vezes por ano de modo a que alunos, professores e outros profissionais escolares renovem as energias. É assim e ponto final. Em Portugal é diferente, é o grau sei lá o quê dos eufemismos: os "órgãos" das escolas dizem que interrompem para reflectir e os dos pais que querem os alunos a frequentar a escola durante 11 meses ao ano (e com férias nas escolas, digo eu).   Há em Portugal outra perda (...)

plano inclinadíssimo

10.10.13, Paulo Prudêncio
          Nuno Crato foi muito para além da troika. Ou seja: sabemos do memorando e da condição de protectorado, mas o que se espera de um primeiro-ministro na defesa do país (e Passos, o feitor, fez tudo ao contrário) é o mesmo que se exige a um ministro da Educação em relação ao sistema escolar.   Nem no conselho de ministros Nuno Crato deve ter sido uma voz em defesa da escola (...)

mais vale acordar tarde do que não acordar

19.09.13, Paulo Prudêncio
          As causas imediatas deste problema estão identificadas: os cortes a eito armazenaram alunos, a contabilidade dos tempos lectivos incluiu, em regra, mais uma turma nos horários dos professores e os docentes sem componente lectiva andam a ocupar tempos noutros ciclos para que se eliminem do sistema os professores contratados.   Basta pensar num grupo disciplinar do (...)

pedagogia do silêncio

25.01.13, Paulo Prudêncio
              Podemos considerar a pedagogia do silênciocomo uma espécie de metáfora que contraria o insuportável caderno de encargos da escola actual, que atribui à instituição um papel centrado na sala de aula e que contraria o excesso de informação e de ruído a que se sujeitam as crianças até no ambiente escolar. A pedagogia do silêncio elege a sala de (...)

sem sociedade e sem escola

23.01.13, Paulo Prudêncio
        Usei parte deste texto noutros posts. A redundância tem limites.       Não sou pessimista, mas quem anda pelas escolas regista o estado de desesperança. Se já não tínhamos sociedade, parece que também já temos menos escola.   Os governos deste milénio agruparam escolas a eito porque estavam ancorados em maiorias absolutas e porque foram abençoados por cooperações estratégicas e pela opinião publicada. Deram corpo a políticas que misturaram a agenda (...)

retrato

15.06.12, Paulo Prudêncio
      Não há pior retrato para uma sociedade do que o que indica que não sabe o que fazer com as crianças ou com os idosos. Portugal entrou nesse espiral e vai ser difícil sair.   Quando começam as férias escolares, o impensável entra na ordem do dia: o que fazer com as crianças? Quem diria que chegaríamos a este ponto.   É o sinal mais evidente de que o abandono escolar precoce aumentará e que a natalidade percorrerá o caminho oposto. Enquanto não encararmos de (...)

sem surpresa

04.05.12, Paulo Prudêncio
    Com uma sociedade ausente na Educação e com as escolas a serem utilizadas como "armazéns" de crianças, não se devem esperar outros resultados. E podíamos ficar aqui o dia todo a elencar as causas que obrigam à venda deste tipo de medicamentos, mas que também terão consequências nas taxas de natalidade e na subida do insucesso e abandono escolares.   Venda de medicamentos para concentração aumentaram 78% em cinco anos (...)

necessidades das crianças?

05.11.11, Paulo Prudêncio
  Sejamos francos: uma grande parte do mundo ocidental não tem-tempo-nem-vontade-para-educar-os-petizes. A solução é armazená-los. Sabe-se que, para além da subida no consumo de Ritalina, essa decisão provoca o aumento da indisciplina nas escolas e, a prazo, contribui para a baixa da natalidade que é um problema grave para a organização das sociedades.   É interessante observar os eufemismos que se foram utilizando, nomeadamente as denominadas necessidades das crianças. 

pequenos emigrantes do quotidiano

20.07.11, Paulo Prudêncio
      Li há tempos a expressão que escolhi para título. Bem sei que os tempos estão de feição para os cortes na despesa do estado e que os elos mais frágeis ficam mais à mão. Como também estamos inundados pelos flagelo do desemprego, talvez seja despropositado focar a atenção na qualidade da organização do trabalho.   Mesmo assim, devemos fazer o que estiver ao nosso alcance para contrariar uma actualidade que nos diz que "(...) temos hoje milhares de pequenos (...)

o que fazer com os petizes?

05.07.11, Paulo Prudêncio
    A interrogação que coloquei como título parece ser a que a sociedade portuguesa mais repete quando se trata de educar as crianças e jovens. Os últimos anos foram ocupados pelo debate à volta do "armazenamento" de alunos. Quanto mais tempo, melhor para os adultos. A concentração de escolas, e a discussão de escalas organizativas, não pára um segundo para pensar no tempo que as famílias devem dedicar à Educação das crianças e jovens. A nossa sociedade não cuida dos (...)

os tecnológicos nos tempos pós-modernos

01.06.11, Paulo Prudêncio
      Não sabemos educar os petizes. É uma tragédia antiga e os resultados estão aí. As crianças portuguesas são um incómodo e a discussão anda sempre à volta do seu desgraçado armazenamento; quanto mais tempo melhor e a capacidade de argumentação apenas disfarça as reais intenções.   Em pleno dia mundial da criança, a notícia é surreal: os portugueses desesperam por (...)

não tarda

20.05.11, Paulo Prudêncio
      Não tarda e antes do teste do pézinho os petizes são sujeitos a um intermédio de matemática. Bem sabemos que as escolas têm de alimentar a estratosfera para que o desemprego não seja praga também aí, mas não se esqueçam que há idades em que a escola-armazém é taxativa: o difícil é sentá-los

amontoar

22.11.10, Paulo Prudêncio
        Uma das características dos governos deste PS foi amontoar a eito na Educação. Ancorados numa maioria absoluta, abençoados por uma cooperação estratégica e beneficiando dos sorrisos da opinião publicada, os governos do actual chefe do governo deram corpo a um conjunto de políticas que misturaram uma agenda neoconservadora com salpicos (...)

para além da superfície

10.11.10, Paulo Prudêncio
    Assuma o estado de sítio o desenho mais variado, é seguro que começa quase sempre pelo emboprecimento que atinge os mais frágeis. Se há fome nas crianças é porque estamos a um passo da hecatombe social.   Por mais alertas que se fizessem, a sociedade portuguesa teimou em armazenar na escola as suas crianças e ausentou-se da sua Educação. Não há nada melhor que uma escola possa oferecer a uma família ausente do que um tutor. Para a sociedade sem escola é uma (...)