Apesar do ME afirmar que 40% dos professores concordavam com o desmiolo da avaliação do desempenho, há estudos que indicam números bem diferentes. Uma coisa é o medo e outras coisas mais, outra bem diferente é a raiz do pensamento.
Inquérito: 91% professores discordavam do modelo avaliação
A Pró-Ordem dos Professores realizou um inquérito, ao qual (...)
O mau perder dos indefectíveis deste governo manifestou-se. É mesmo o esboroar do monstro. O argumento que defende que esta avaliação não deveria ser suspensa nesta altura é fraco. Nem sei se vale a pena, mas recorda-se que o desvario começou em Janeiro de 2008 e com ameaças de rápido-e-já-porque-senão-acontecia-sei-lá-o-quê. A questão é como com os direitos humanos: todos, já e sem mitigações; o modelo era mesmo mau e não conheço quem argumente o contrário a (...)
A coligação positiva que derrubou esta avaliação de professores no parlamento verá, ao que tudo indica, o exercício democrático promulgado pelo presidente da República. São vários os aspectos que impressionam na semântica da queda. Desde a mudança da magistratura de influência para uma mais activa, que no caso da (...)
O deputado Pacheco Pereira votou contra a suspensão da avaliação de professores. É a democracia. Esse facto legitima os que defendem que interessou mais a queda do monstro, e o abalo nas ideias subjacentes, do que as cores partidárias que votaram nesse sentido. Se os democratas que apareceram a defender a manutenção do desmiolo o estudassem bem e tentassem (...)
As quotas na avaliação de professores começam a ser despachadas. Este post do Paulo Guinote é lapidar: "Há várias situações divertidas, mas a principal delas é a percentagem de Excelentes reservada aos Directores em cada DRE. Vai ser um fartar vilanagem e um velhacouto dos antigos que nem quero ver, na recompensa (...)
Diz Licínio Lima, especialista na área da administração educacional, ao jornal da Fenprof:
Em Portugal descobrimos uma teoria nova, um contributo que damos para a Humanidade: nas escolas pequenas os alunos não aprendem. E assim, enquanto na Finlândia uma escola secundária tem uma média de 400 a 500 alunos, no nosso país a administração quer fundir escolas e criar super-estruturas (...)
Descentralizar não significa privatizar: muito menos no sistema escolar.
É eficaz eliminar a burocracia de serviços centrais através de contratos de autonomia (charter schools). Não podem é ser contratos onde a inscrição mantém a dependência das invenções técnico-pedagógicas de serviços centrais: alguém tem de perder o emprego.
Sabe-se que autonomia implica responsabilidade e confiança. Exige uma sociedade onde impere esse clima. Portugal devia e podia (...)
A melhor analogia que encontrei para explicar os últimos anos no sistema escolar é mais ou menos assim: dá ideia que atracou ao largo de Peniche uma barca carregada de tresloucados e que alguém os espalhou pelo país: uns quantos infiltraram-se em S.Bento, outros na 5 de Outubro e uma boa mão cheia na 24 de Julho. Mesmo que se juntem numa qualquer livraria da capital (...)
Foi daqui. Esta rubrica vai ter hoje a última entrada e foi dedicada ao esbororar do inexequível modelo de avaliação dos professores. Caiu porque era inaplicável e um monstro de burocracia. Espero não ter de a reabrir: acredito que alguma lição foi aprendida. Mário Nogueira: "Este modelo de avaliação acabou" (...)
Foi daqui. Foram dezassete as rubricas que dediquei ao esboroar do monstro; monstro foi o nome que escolhi para baptizar aquilo que foi a formulação inicial do modelo de avaliação dos professores. Conjuguei-o em esboroar porque tinha a mais firme convicção de que a criatura fantástica era inaplicável. Nesta altura importa sublinhar que aquele tenaz devaneio (...)
Faz tempo que passei a caracterizar o modelo de avaliação do desempenho de professores como o monstro ou como a ponta do "iceberg" que asfixiava os professores portugueses. A determinada altura, quando as entidades instituídas ainda dormiam, os professores, saturados com a inexequibilidade de um modelo que se mantinha ligado à máquina, forçaram o despertar das (...)
(encontrei esta imagem aqui) Tenho recebido emails e outros tipos de contactos de pessoas que se mostram interessadas em conhecer como vai a vida por Santo Onofre; e isso, só se pode incluir na rubrica que também escolhi para intitular esta entrada. Quando inaugurei "o absurdo de Santo Onofre", pesei bem o adjectivo e não (...)
Termina mais um semana alucinante na luta dos professores portugueses. Teve dois episódios curiosos: a não aprovação pela assembleia da República de vários decretos que se destinavam à suspensão da avaliação dos professores; e uma primeira reunião de membros dos Conselhos Executivos,estiveram presentes 139 presidentes de Conselho Executivo das escolas e (...)
Começa a ser demasiado repetitivo desconstruir as políticas deste ministério da Educação.
A luta dos professores portugueses, que já se arrasta há quase dois anos, conhece episódios a um ritmo quase diário; e tem tipo sempre o mesmo tipo de epílogo: os professores dizem que assim não pode ser e o governo contraria com pompa e veemência: passam uns tempos e lá vem o governo dizer que afinal estava errado e que vai fazer as necessárias alterações. Mas nada de (...)
Há um aspecto nas posições que a minha escola tem assumido nesta luta dos professores que me deixa particularmente orgulhoso por pertencer a uma instituição com aquela cultura de liderança e de responsabilidade. Antes de ir directamente ao assunto quero sublinhar o seguinte: no seguimento da publicação da primeira versão do modelo de avaliação dos professores, todos têm bem (...)
O Agrupamento de Escolas de Santo Onofre, em Caldas da Rainha, onde sou professor, e depois de uma aturada e detalhada análise da nova legislação em vigor, decidiu não aplicar o modelo de avaliação do desempenho de professores. Esta decisão assenta nos já sobejamente conhecidos argumentos e inscreve-se, naturalmente, no critério de completa inexequibilidade do referido modelo de avaliação que, na opinião expressa pela totalidade dos membros, encontra agora (...)
Li, no blogue do Paulo Guinote, um texto que subscrevo na totalidade.
O autor chama-se José Rosa Sampaio.
Ora leia.
O Monstro
A monstruosidade burocrática chamada de avaliação de professores criou nos últimos dias uma situação de braço de ferro entre o Ministério de Educação e os professores, sindicatos e outras associações de classe, difícil de sanar.
P (...)
Mais um desenho do genial Antero que retrata de modo incisivo a falência dos argumentos da actual ministra da Educação. Como é bom que haja professores que não perdem o sentido de humor.
O Agrupamento de Escolas de Santo Onofre, em Caldas da Rainha, onde sou professor, decidiu suspender o modelo de avaliação do desempenho de professores. Esta decisão assenta nos já sobejamente conhecidos argumentos e inscreve-se, naturalmente, no critério de completa inexequibilidade do referido modelo de avaliação.
A suspensão foi decidida na reunião de 5 de Novembro de 2008, do Conselho Pedagógicodo agrupamento, num sufrágio por voto secreto que registou a (...)