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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Desigualdades e Incertezas

13.10.22, Paulo Prudêncio
A analítica de uma actualidade tão incerta integra os efeitos da guerra e da pandemia e clarifica a consistência dos problemas sociais. Aliás, as crises sublinham as desigualdades que estão na génese da tensão política. Mas teme-se que se diluam na espuma dos dias. Pense-se, por exemplo, na tensão provocada pelas diferenças salariais: a maioria das pessoas situa-se pouco acima do salário mínimo e há executivos premiados apesar dos prejuízos das empresas e do recurso ao (...)

Em Paralelo Com A Especulação Imobiliária

02.10.22, Paulo Prudêncio
Com propinas que chegam aos 20 mil euros por ano, os colégios internacionais passaram de 9 (com 3800 alunos) em 2010 para 18 (com 8400 alunos) em 2021. A expansão acelera e já não se circunscreve ao eixo Oeiras-Cascais. O centro de Lisboa é objecto de "nova onda de escolas internacionais" que vão do 1º ao 12º anos. "Os portugueses procuram também estas escolas que lhes dará acesso às mais prestigiadas universidades". Relacionem-se estes factos com a especulação imobiliária (...)

Porque se Falha na Redução das Desigualdades e dos Efeitos Pandémicos

01.12.20, Paulo Prudêncio
As desigualdades emergem nas pandemias, reflectem-se nas respostas colectivas e são um espelho das nações. E recorde-se, ainda como ponto prévio: o rating dos países é essencial para os desafios de curto e médio prazos, porque, se for bom, permite dívida a juros favoráveis e estimula défices baixos ou superavits. No entanto, não admite repetidas recessões. Responde melhor nas crises se decorrer da consistência histórica na transformação de políticas, empresas e (...)

Desigualdades

14.05.20, Paulo Prudêncio
Se a analítica da actualidade integra os efeitos da pandemia, também clarifica a consistência de problemas sociais. Aliás, as crises sublinham as desigualdades. Escolhi dois factos que estão na génese da tensão política, e que a crise apenas trouxe à superfície do debate, mas que se diluirão na espuma dos dias: enquanto "nos lares e nos hospitais - onde a maioria dos trabalhadores são mulheres - e na generalidade da linha da frente a maioria dos trabalhadores ganha pouco mais (...)

Explicações

19.09.19, Paulo Prudêncio
  A acumulação de riqueza numa minoria associada à impossibilidade de taxação do capital, impede a justa redistribuição dos ganhos económicos e a atenuação das desigualdades. Se conjugarmos o que foi dito com o sistemático "varrer para debaixo do tapete" das pequenas e grandes corrupções, temos uma explicação para a perigosa crise das democracias ocidentais.

das agências de raiting (as AR)

21.12.17, Paulo Prudêncio
        Quando as AR baixaram as classificações de Portugal, muitos consideraram-nas, e bem, instrumentos da ideologia política responsável pelo aumento das desigualdades. Ou seja, enquanto uns viam as AR ao serviço dos 1%, das multinacionais e dos offshores, outros defendiam a sua existência. Nesta fase, os primeiros elogiam as contas do país e os segundos perderam voz.  Na selva financeira vigente, Portugal recuperará alguma soberania se reduzir a dívida e (...)

dos impostos e das desigualdades

20.09.16, Paulo Prudêncio
      A partir da revolução tecnológica (RT), a produtividade de cada pessoa triplicou mas aumentou o desemprego estrutural. É um dado fundamental para a discussão sobre impostos e desigualdades. A RT originou outra discussão fundamental: os robots devem descontar para a segurança social? Num nível mais imediato, temos a taxação dos mais ricos, os tais 1%, que, surpreendentemente, origina sempre uma contestação inflamada de uma parte dos 99%.    

falemos de coisas óbvias

05.02.16, Paulo Prudêncio
        A ausência de perspectivas de melhoria da qualidade de vida tem-se revelado fatal para as sociedades democráticas. Ou seja, o elevador social é um oxigénio da democracia. A insistência nas conhecidas, estudadas e históricas causas das desigualdades tem evidências óbvias que devem ser repetidas à exaustão. Como diz o FMI, temos estado a "espalhar" a riqueza para cima e não para baixo (basta estudar os EUA da década de 90 do século XX - a desregulação da economia - pa (...)

dos "soldados" dos 1%

02.02.16, Paulo Prudêncio
        Aumentam as desigualdades, os tais 1% vencem a guerra (e confessam; lá isso) em modo proporcional à ganância e isso é irrefutável (e se calhar "compreensível" numa sociedade de mercado quase sem limites morais). Não é isso que mais me impressiona e não é de agora. O que mais me intriga (digamos assim porque não me intriga nada) é o apoio fervoroso que os 1% encontram em grupos numerosos dos 99%; são verdadeiros soldados que votam, discutem e sei lá mais o quê. (...)

"A desigualdade é uma escolha política", disse ontem Stiglitz

02.12.15, Paulo Prudêncio
      "A desigualdade é uma escolha política", argumentam Stiglitz, Krugman e Piketti que assim contrariam economistas métricos e incompreendidos como Passos Coelho, Maria Luís, César das Neves, Camilo Lourenço, Gomes Ferreira, Medina Carreira e Pedro Arroja. É injusto que o mundo conhecido despreze a sapiência destes lusitanos que remetem toda a sua fulminante erudição para um-quarto-de-folha-A4 de economia doméstica (das donas de casa, como derrapam em vocabulário (...)