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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Dos eleitos, dos aeroportos e das bagagens

23.01.25, Paulo Prudêncio
Estive, por dever cívico e num honroso convite de uns elevadíssimos peticionários, umas horas a assistir a um plenário da Assembleia da República nesta legislatura. Impressionei-me com a deseducação de vários deputados da bancada do partido do homem das bagagens. À barulheira infernal que impedia a audição, associavam-se impropérios. Dei comigo a pensar o que agora se reforça: sabemos de todas as circunstâncias históricas das democracias ocidentais e do estado do mundo, mas (...)

Estará a democracia a morrer?

28.04.23, Paulo Prudêncio
«O que faz aumentar este número, são as crises económicas, as crises de imigração, grandes mudanças demográficas nas populações», explica o especialista em democracias, Daniel Ziblatt. Os eleitores «votam a favor do que é real». Em vez de «tentarem agir de forma demasiado populista, para apelar a estes eleitores», os partidos políticos «têm de encontrar soluções reais para problemas reais».  

Escola Para Todos

03.02.23, Paulo Prudêncio
O que pode ler a seguir não é um exercício de demagogia. Foi maduramente reflectido: nenhum professor do quadro, e estando noutras funções no parlamento, governo, ME, autarquias, sindicatos, escolas e por aí fora, deveria estar mais do que 2 anos sem turmas; leccionar uma turma que fosse durante 2 anos (ciclos de 2 com e sem) e o estado da educação respiraria de modo muito mais saudável; e, obviamente, com adaptações no caso do primeiro ciclo: podia leccionar uma das áreas (...)

Indignação Não É Extremismo; pelo contrário

01.02.23, Paulo Prudêncio
Percebe-se a preocupação com a possível presença de valores da ditadura infiltrados nos movimentos de professores. Mas essa preocupação deve estender-se ao estado da democracia nas escolas. Como esse estado é comprovadamente péssimo e nem sequer debatido, é natural que a indignação se confunda com extremismo.

Que Escola, e em Que Democracia, Na Sociedade que Aí Vem

06.10.21, Paulo Prudêncio
É importante pensar para lá da pandemia, até porque se prevê a sobreposição do isolamento físico sobre o gregário na sociedade que aí vem; e dito assim para simplificar. E se no espaço do isolamento físico estão os que acreditam no absolutamente digital, no gregário não encontramos os que o rejeitam nem sequer os neoluditas. É um debate centrado num "enxame digital" e nos "gigantes da web - os GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft) - que nos querem (...)

Trabalhador Como Conceito

01.05.21, Paulo Prudêncio
"Por que será que se riem quando digo que trabalho muito?", interrogou-se o humorista. Compreendi-o. Fazer rir, como de resto acontecia com a maioria das actividades culturais, ficava aquém do conceito que considerava um banqueiro ou um facilitador de contactos o grau elevado do exercício profissional. O valor do trabalho restante media-se pela "possibilidade" de sobrevivência para baixo; era disso que riam. Já não é assim. Algo mudou no conceito, mas tardam as reversões.  Os (...)

Que Escola, e em Que Democracia, Na Sociedade que Aí Vem

08.09.20, Paulo Prudêncio
É importante pensar para lá da pandemia, até porque se prevê a sobreposição do isolamento físico sobre o gregário na sociedade que aí vem; e dito assim para simplificar. E se no espaço do isolamento físico estão os que acreditam no absolutamente digital, no gregário não encontramos os que o rejeitam nem sequer os neoluditas. É um debate centrado num "enxame digital" e nos "gigantes da web - os GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft) - que nos querem (...)

Estado de Excepção

08.08.19, Paulo Prudêncio
  "(...)Estado de excepção é um conceito utilizado pelo filósofo italiano Giorgio Agamben e inicialmente definido por Carl Schmitt. Preocupado com as derivações das nossas democracias, que legitimam ideias e práticas típicas das ditaduras, Giorgio Agamben recusou participar numa conferência nos USA para não ter de se sujeitar a passar pelo crivo securitário dos aeroportos. "Está em causa a minha liberdade" - afirmou. Forte crítico do que se passou (...)

"A decadência do ensino público"

24.06.18, Paulo Prudêncio
      "A decadência do ensino público" é o título da "Carta de Semana" do 1º caderno do Expresso de 23 de Junho de 2018. Mesmo que a carta contenha pequenas imprecisões, é surpreendente que não exista um partido representado na Assembleia de República preocupado com o assunto. Mas o melhor é ler.  

do financiamento da democracia

28.12.17, Paulo Prudêncio
      Falemos de coisas óbvias: as organizações políticas, como os partidos, são imprescindíveis à democracia que as deve financiar com transparência; qualquer desvio nos métodos alimenta os inimigos da democracia e indigna os seus defensores. O que foi dito sobre a indignação exclui os arrependidos em modo depois da hora difícil de escrutinar.      

do tempo de humanidade(s); e de artes

02.12.17, Paulo Prudêncio
      O sistema escolar desespera por um tempo de humanidade(s) - e de artes -: nos currículos, mas simultaneamente na ideia de escola. Se o Governo já cumpriu uma agenda e tenta a oxigenação do algoritmo de Costa&Centeno no sítio, quem diria, que o travou e desprezou, é tempo de olhar para o futuro do sistema escolar contrariando a absolutização do presente imposta recentemente. À desumanização da ideia de escola instituída por Sócrates&Rodrigues,seguiu-se a (...)

Da cidadania numa espécie de Madeira

11.08.15, Paulo Prudêncio
        A localização é taxativa: a acção cívica prejudica-me e sou um alvo a abater pelo poder político local dominante. Há muito que me repetem a condição. São conhecidas as provas e dois conselhos gerais escolares acentuaram as certezas de quem conhece os corredores destas decisões. É natural, portanto, que pense no assunto e que faça um qualquer balanço. Assim de repente, já disputei, em quase três décadas, duas dezenas de eleições escolares na espécie (...)

de 24 para 26

23.02.14, Paulo Prudêncio
      Quantas vezes lemos ou ouvimos uma ideia que parece que está a ler a nossa mente? Cruzei-me outra vez com o fenómeno, mesmo que naturalmente banal, quando ouvia na antena 2 uma reportagem sobre as "correntes d´escritas 2014". Escutei sensivelmente o seguinte: " houve, na nossa democracia, inúmeras pessoas que se sentiam cómodas, nos valores e nas convicções, na ditadura em 24 de Abril de 1974 e que a 26 eram revolucionárias. Isso criou um problema. Mantiveram as (...)

da praxe e do negócio

10.02.14, Paulo Prudêncio
        Vi a capa do DN de ontem numa área de serviço e não estranhei o título sobre a polémica das praxes. Não tenho feito postssobre o assunto, mas vou captando alguns discursos. Estranhei, sou franco, o fervor com que se defendeu a tradição e a história das praxes. Pareceu-me que a tal lógica gananciosa tinha alguma relação com a coisa. O mercado está em todo o lado. Também me deixou perplexo a mistura das serenatas coimbrãs com o processo praxista. Ao que julgo (...)