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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

A culpa também é dos partidos políticos fundadores da democracia

23.03.25, Paulo Prudêncio
Candidatar, ou envolver em acções de campanha, cidadãos com comprovada falta de idoneidade para exercer cargos públicos (e para além da justiça lenta e ineficaz) degrada paulatinamente a democracia. Teimar nessas candidaturas assemelha-se à máxima do anti-democrático MAGA-trumpismo - um eleito nunca pode ser acusado e Trump, apesar de tudo, foi eleito e o exemplo parece replicável na Europa -e cria uma espécie de escola que corrói a democracia e que vai tomando o poder nos (...)

Dos eleitos, dos aeroportos e das bagagens

23.01.25, Paulo Prudêncio
Estive, por dever cívico e num honroso convite de uns elevadíssimos peticionários, umas horas a assistir a um plenário da Assembleia da República nesta legislatura. Impressionei-me com a deseducação de vários deputados da bancada do partido do homem das bagagens. À barulheira infernal que impedia a audição, associavam-se impropérios. Dei comigo a pensar o que agora se reforça: sabemos de todas as circunstâncias históricas das democracias ocidentais e do estado do mundo, mas (...)

Da lei de ferro das oligarquias; e como estamos quase dez anos depois?

31.01.24, Paulo Prudêncio
Em 2014, escrevi assim: É indisfarçável: qualquer troca de opiniões sobre política tem conclusões comuns: os poderes financeiro, económico, comunicacional e tecnológico apoderaram-se da democracia; os políticos profissionais já nem se caracterizam pelo apego à cor partidária: sobrepõe-se o interesse pessoal. No dia 22 de Abril de 2014 viajei de automóvel entre as Caldas da Rainha e Lisboa. Ouvi na antena 2 uma entrevista a um recém-doutorado (pareceu-me que se apresentou (...)

Da Reindustrialização (3)

15.07.23, Paulo Prudêncio
Que me lembre, a expressão "Paradigma perdido" tornou-se usual com Edgar Morin e com a crítica do afastamento do homem em relação à natureza; escrito assim para simplificar. Quando tanto se fala no desnorte em relação à selecção das áreas para a reindustrialização (que raio de palavrão), parecia-me curial regressar ao paradigma de Morin donde nunca se deveria ter saído: a cadeia de abastecimento no sentido mais lato, considerando o homem em todas as suas (...)

Da Reindustrialização (2)

28.10.22, Paulo Prudêncio
Que me lembre, a expressão "Paradigma perdido" tornou-se usual com Edgar Morin e com a crítica do afastamento do homem em relação à natureza; escrito assim para simplificar. Quando tanto se fala no desnorte em relação à selecção das áreas para a reindustrialização (que raio de palavrão), parecia-me curial regressar ao paradigma de Morin donde nunca se deveria ter saído: a cadeia de abastecimento no sentido mais lato, considerando o homem em todas as suas (...)

Défice Democrático

26.09.22, Paulo Prudêncio
É preocupante que profissionais da educação, e que exercem as funções mais diversas, não reconheçam o défice democrático das políticas educativas; e incluo no grupo deputados e governantes actuais ou antigos. Acredito que algo de sério está a acontecer quando a sociedade não se questiona sobre a perda de direitos fundamentais que tanto custaram a conquistar.

Da Não Paragem do Tempo

28.08.22, Paulo Prudêncio
A Europa está mergulhada na ideia de sobreviver e as suas organizações não escapam à incerteza no desenho do futuro.  Há um conjunto de conceitos associado às novas realidades informacionais que requerem precisão conceptual para que a linguagem permita uma comunicação assente em bases sólidas. É, por exemplo, nuclear perceber a distinção entre um computador e um sistema de informação. O segundo é mais abrangente, uma vez que integra a tecnologia, os procedimentos (...)

Do Ultraliberalismo, Dos Mercados Desregulados e Do Sistema

09.01.22, Paulo Prudêncio
A suprema ironia, é ver os endinheirados - não todos, obviamente - pelo sistema vigente a fazerem discursos anti-sistema para capitalizarem votos pelo mundo ocidental; e instigam à violência, à polarização, à perseguição dos pobres, das minorias étnicas e até dos imigrantes que, no fundo, são contribuintes fundamentais; e ao fim da democracia.

Verdade e Democracia

22.08.20, Paulo Prudêncio
Se havia alguma apreensão com a capacidade das democracias lidarem com pandemias, os cidadãos deram uma resposta positiva aos mais diversos níveis. Desta vez, e perante tantas, e naturais, incertezas da comunidade científica, os cidadãos usaram a quantidade inédita de informação disponível para anteciparem as medidas mais polémicas de isolamento social. Outro dado importante é a prevalência da verdade nas democracias e o consequente clima de confiança que origina. Os (...)

Biden, Sanders e Trump

03.06.20, Paulo Prudêncio
É opinião corrente de que Trump será reeleito; faça o que fizer. E o principal argumento do mainstream português é a fraqueza de Biden como candidato. São os mesmos que consideraram Sanders uma impossibilidade eleitoral por ser de esquerda com pouco centro. Defendem que os EUA jamais elegerão um candidato radical. Pois bem, e se dúvidas havia, Sanders não pode ser mais radical do que Trump, mas, e ao contrário deste, tem provas dadas como democrata. Às tantas, Trump acaba por (...)

Coletes Laranjas em Itália

31.05.20, Paulo Prudêncio
Se a Europa já estava a ser desestabilizada pelos mentores não europeus, e europeus, do brexit, a crise da pandemia torna tudo mais difícil. A resposta à crise através do euro é fundamental para a garantia da paz. O dinheiro, através de uma moeda sólida, é um dos imaginários que mais consolida a crença dos humanos nos ideais de comunidade; cria confiança. Mas isso não impede que coletes laranjas se manifestem em Itália a favor do regresso da lira, num país que será (...)

Chegam Tarde, mas Chegam

30.01.20, Paulo Prudêncio
A marcante crise petrolífera de 1973 inaugurou o período de incertezas na Europa. Portugal chegou atrasado, uma vez que terminava um período de ditadura, e de guerras coloniais, que atrasou o país nos mais diversos domínios. Quando grande parte da Europa atingia um bom patamar democrático, Portugal ainda percorria fenómenos de massificação e só conheceu o clima de incertezas nos finais do século passado e na primeira década deste. É evidente que a crise de 2008, e tudo o que (...)

Da Analítica da Actualidade

28.01.20, Paulo Prudêncio
A frase de Winston Churchill, "a democracia é o pior dos regimes, à excepção de todos os outros", tornou-se vulgar, mas continua oportuna. Importa sublinhar que a defesa da democracia não acolhe o acriticismo; pelo contrário. Nota-se a incomodidade da totalidade do sistema orgânico, digamos assim, com os processos leaks. Advogam o silêncio em nome do que existe. Evocam o perigo da queda nos extremos; nomeadamente nos movimentos políticos fascistas que devastaram a Europa no (...)

Da Ascensão da Extrema-Direita

02.01.20, Paulo Prudêncio
  A riqueza acumulada numa minoria não é taxada, nem redistribuída, e acentua as desigualdades. O crescimento económico não será a "maré enchente que subirá todos os barcos" porque os governos não têm meios jurídicos para contrariar o neoliberalismo vigente em modo global e agrava-se porque a história da distribuição da riqueza é política e, repitamos, lê-se em dois clássicos: "Riqueza das Nações" de Adam Smith e "O capital no século XXI" de Thomas Piketti. Apesar (...)