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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Da Confiança como Chave, a Exemplo da Autonomia e Da Responsabilidade

12.10.22, Paulo Prudêncio
Há muito, pelo menos desde a década de 1990, que a confiança é a chave da sociedade da informação e do conhecimento. Mas a confiança, a exemplo da autonomia e da responsabilidade, não se decreta apenas; acima de tudo, exerce-se e educa-se em ambiente de inclusão para todos: alunos e profissionais da educação. E se a confiança nos professores é decisiva para a robustez da democracia, a chave para se perceber a "fuga" dos professores portugueses está patente nos estudos (...)

Faltas Escolares e Administração

16.07.22, Paulo Prudêncio
Numa sociedade saudável, a gestão administrativa das faltas escolares tem a justificação como ponto de partida. Ou seja, os sistemas de informação são programados para que o lançamento inicial seja como falta justificada. Nas sociedades ausentes ou doentes, o ponto de partida administrativo da falta escolar é a injustificação. Ou seja, a desconfiança prevalece e este pequeno detalhe provoca uma sucessão de procedimentos para justificar uma maioria de faltas que são (...)

Escola E Mundo Melhor

13.07.22, Paulo Prudêncio
Antes do mais, um mundo melhor seria obviamente sem guerras nem pandemias e com uma democracia consolidada que contrariasse a ganância. E, como se sabe, a escola dá um importante contributo, em duas ou três gerações, para a afirmação da democracia ou para a sua fragilização. Aliás, comprova-se, por muito difíceis que sejam os estudos empíricos, a relação directa e proporcional entre a qualidade democrática das escolas, a ambição escolar dos alunos e a confiança nos (...)

A Escola e um Mundo Melhor

21.03.22, Paulo Prudêncio
Antes do mais, um mundo melhor seria obviamente sem guerras nem pandemias e com uma democracia consolidada que contrariasse a ganância. E, como se sabe, a escola dá um importante contributo, em duas ou três gerações, para a afirmação da democracia ou para a sua fragilização. Aliás, comprova-se, por muito difíceis que sejam os estudos empíricos, a relação directa e proporcional entre a qualidade democrática das escolas, a ambição escolar dos alunos e a confiança nos (...)

Dos Detalhes

06.02.19, Paulo Prudêncio
        Um aluno com características que exijam a constituição de uma turma reduzida (os fundamentais 20 e não 28 alunos) tem que frequentar, diz a lei, 60% da carga curricular para que a turma se reduza. Ou seja, as disciplinas que incluem o espaço inferior a 60% integram o aluno num universo de 28 e não de 20 alunos. É um detalhe que faz toda a diferença e que espartilha a inclusão entre o centralismo dos números e a desconfiança nas escolas e nos professores.  A (...)

A escola e a fragilização da democracia

28.10.18, Paulo Prudêncio
      Não se conhece uma assumpção de culpa quando a democracia é empurrada para um degrau inferior. Mas decerto que há justificações. A escola pode dar um importante contributo, em duas ou três gerações, para a consolidação da democracia ou para a sua fragilização. Comprova-se, por exemplo, a relação directa e proporcional entre a qualidade democrática das escolas, a ambição escolar dos alunos e a confiança nos professores, por muito difíceis que sejam esses (...)

A ambição escolar, o curto prazo e a confiança nos professores

27.10.18, Paulo Prudêncio
        A relação entre a qualidade da escola e a ambição escolar dos alunos é directa e proporcional. Embora sejam difíceis os estudos empíricos num assunto que exige modelos consolidados, é seguro afirmar que os alunos são decisivos.  A ambição escolar é tão determinante como as condições socioeconómicas. Como Portugal apresenta taxas elevadas de insucesso e abandono escolares, é natural que a desorientação, e a constante alteração de políticas, seja (...)

repetindo o elementar

04.03.18, Paulo Prudêncio
      Diversos inamovíveis (alunos por turma, aumentos nos horários, carga curricular, regras para aposentação, hiperburocracia e desconfiança nos professores, modelo de agrupamento de escolas, estatuto da carreira e sociedade ausente), exigem que a maior parte dos professores se centre num único objectivo em nome da dignidade: que as aulas não se afastem muito do que seria possível. Só quem nunca passou uns anos a leccionar, é que confundirá o que escrevi com corporativismo.   (...)

há demasiadas crianças em risco

24.02.16, Paulo Prudêncio
      A desconfiança nas escolas tem diversas causas, mas a primeira relaciona-se com a inabilidade das sociedades em educar as crianças. A relação tem uma proporcionalidade directa. Uma sociedade que se demite de educar, remete para a escola a tarefa na totalidade.   Esta natural impossibilidade explica duas consequências: "perseguição" à profissionalidade dos professores, normalmente através da hiperburocracia e de outros fenómenos causadores de "síndrome de burnout", e (...)

Da administração das faltas escolares

07.01.16, Paulo Prudêncio
    Numa sociedade saudável, a gestão administrativa das faltas escolares tem a justificação como ponto de partida. Ou seja, os sistemas de informação são programados para que o lançamento inicial seja como falta justificada.   Nas sociedades ausentes ou doentes, o ponto de partida administrativo da falta escolar é a injustificação. Ou seja, a desconfiança prevalece e este pequeno detalhe provoca uma sucessão de procedimentos para justificar a maioria das faltas; que são (...)

demasiadas crianças tomam psicotrópicos

15.12.15, Paulo Prudêncio
      A desconfiança nos professores tem diversas causas, mas a primeira relaciona-se com a inabilidade das sociedades em educar as crianças. A relação tem uma proporcionalidade directa. Uma sociedade que se demite de educar, remete para a escola transbordante duas tarefas: educar e ensinar na totalidade. Esta impossibilidade explica duas consequências: "perseguição" à profissionalidade dos professores, normalmente através da hiperburocracia e de outras inutilidades causadoras de "sín (...)

da Europa e das actas

08.11.15, Paulo Prudêncio
        Somos quase o único país do velho continente onde se fazem actas de conselhos de turma e passamos as reuniões a dizer: isto tem que ficar em acta. Não imagino como é que no norte e no centro da Europa se entendem sem actas. Quiçá gregos e espanhóis nos imitem e talvez isso se relacione com as tais velocidades. Para além disso, constata-se que a palavra de um professor atingiu o grau zero da confiança e isso também explica o tipo de sociedade que construímos e (...)