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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Que Nem Gregos

22.12.19, Paulo Prudêncio
    O que levará alguém a indicar uma emergência falsa ao 112? Pensando um bocado, talvez um adolescente se divirta com o facto. Mas quando se percebe que em Portugal 66% das chamadas para o 112 são falsas, o assunto ganha contornos de patologia colectiva que na Europa só é superada pelo Luxemburgo (75%) e pela Grécia (95%). Leu bem: os gregos devem fazer da prática um desporto nacional. Fonte: "Implementation of the single european emergency number 112". Comité de (...)

Escolas públicas, vidas privadas

13.06.16, Paulo Prudêncio
          "(...)A inscrição na Escola Alemã garante-lhes, afirma, “uma educação com duas línguas que funcionem quase como maternas”. Se não fosse essa preocupação, “andariam obviamente numa escola pública”. O que ela nos diz com esta expectativa é que as escolas públicas não providenciam nem o ensino (...)

"Vê lá que a filha da minha empregada senta-se ao meu lado na faculdade"

01.11.14, Paulo Prudêncio
    "Vê lá que a filha da minha empregada senta-se ao meu lado na faculdade", é um espanto misturado com indignação que pode ser escutado aos filhos da geração ainda adolescente no 25 de Abril e nas que se seguiram.   E nesse grupo encontramos, para além dos óbvios e imutáveis conservadores, MRPP´s, esquerdas minoritárias diversas, socialistas e sociais-democratas de vias avançadas e até os freaks da altura.   Não direi que é uma desilusão, pois para isso (...)

Kafka contra Kafka: usar a avaliação de desempenho como argumento no processo de horário zero

20.08.14, Paulo Prudêncio
      Um horário zero é uma indignidade. É um processo kafkiano que se instala na profissionalidade e que magoará a mais forte das pessoas. Mas mais: o horário zero é uma desnecessidade financeira (o desinvestimento tem tido reduções financeiras anuais equivalentes a um assessor ministerial com carreira aparelhística no centrão) e só existe por preguiça, e quiçá impreparação, dos decisores centrais. É um exemplo do ultraliberalismoque envia as pessoas para o (...)

eua

07.11.13, Paulo Prudêncio
        Um texto de António Câmara aqui.   "Vivi dez anos nos Estados Unidos da América estudando e trabalhando em universidades de primeiro plano. Perguntam-me frequentemente se não tenho saudades desses tempos. Prefiro viver em Portugal, mas sinto a (...)

a administração pública como multinacional

09.05.13, Paulo Prudêncio
      Uma multinacional financia-se nos mercados desregulados, procura paraísos fiscais e obedece aos desejos lucrativos dos accionistas. Para isso, tem uma desequilibrada relação entre receitas e despesas que tem que ser favorável à primeira coluna da folha de cálculo. Se os lucros baixam, o financiamento nos casinos exige juros mais elevados e a solução é cortar nas despesas ou aumentar a produção. Em regra, cortar a eito nas pessoas é o que está mais à mão. Se (...)

três coisas óbvias

09.03.13, Paulo Prudêncio
      Li, na mesma altura em que encontrei o texto do post anterior, qualquer coisa mais ou menos assim (não a reencontro, mas tenho ideia que é da autoria de Joseph Stiglitz): antes de escolhermos qualquer dos caminhos que se vão propondo para sairmos donde estamos, devemos perceber três coisas óbvias: a crise é artificial, a austeridade não é a solução e é mesmo o problema e a Alemanha é o obstáculo.

digam-me que isto não aconteceu (1)

23.11.12, Paulo Prudêncio
        Recebi por email o texto que colo de seguida. O testemunho foi enviado com pedido de divulgação por parte do destinatário original. Pelo óbvio, suprimi os dados de identificação. Bom dia, colega, Agradeço as suas palavras de compreensão. Trata-se de facto de um grupo com grande poder. Lembro que, na altura da compra do Externato pelo (…), na reunião de tomada de posse vieram à escola indivíduos do topo da hierarquia. E se não me falha a memória, o (...)

problemas

22.11.12, Paulo Prudêncio
          Encontrei esta formulação no livro de Bertrand Russel(1993), "O Poder, Uma nova análise social", que corresponde, muitas vezes, ao passo que nos apetece dar definitivamente.    

das greves, das solidariedades e de outras coisas mais

14.11.12, Paulo Prudêncio
        Há muitos argumentos para não aderir a uma greve e nem se trata de os hierarquizar.   O argumento financeiro pesa, como sempre se considerou. Torna-se interessante estudar os que defendem a sua economia doméstica com os mesmos argumentos que usavam nos tempos em que recebiam os subsídios de férias e de natal e não existiam cortes salariais.   Ainda no mesmo âmbito, também são um caso de estudo as instituições que encerram porque os grupos profissionais dos (...)

actualidade

12.11.12, Paulo Prudêncio
        A situação europeia, e mais propriamente o poder alemão, está a criar um clima de nervosismo e de forte contestação. Os denominados intelectuais dividem-se e há mesmo alguns que não alinham naquilo a que chamam de histerismo-dos-derrotados-da-vida.   É sempre bom ir aos clássicos e socorri-me de uma passagem do "Em busca do tempo perdido" de Marcel Proust:   "“Parece que certas realidades transcendentes emitem em torno de si radiações a que a multidão é (...)

por explicar

31.10.12, Paulo Prudêncio
        Temos de acreditar que a teimosia ideológica não vai ao ponto de manipular as contas orçamentais.   Contudo, dá ideia que quem decide a esse nível (nas instâncias nacionais e internacionais) foi vacinado para o anti-sector público embora vá usufruindo das mordomias sem fim dos cofres estatais.   Se ler esta notícia...   "(...)Gastos sem (...)

e se

25.09.12, Paulo Prudêncio
      E se os alemães tivessem as contas bancárias tão descontroladas como as portuguesas? E se quem os governa andar, há muito, aflito e em campanha eleitoral?   É bom colocar todas as hipóteses em cima da mesa para que a realidade não seja vista com palas nem preconceitos.   Neste exercício de imaginação, (...)

pensar

14.09.12, Paulo Prudêncio
      Chegam relatos de uma multidão de professores à beira de um ataque de nervos, com a agravante de muitos enfrentarem o dilema descrito por Samuel Beckett no seu trabalho de ficção em prosa Watt: "Pensar, quando já não somos novos, quando ainda não somos velhos, que já não somos novos, que ainda não somos velhos, não é coisa pouca".