Um argumento muito metafórico e desconcertante e uma realização genial. Ou seja, o muito bom cinema chinês voltou às salas de cinema portuguesas. Cão preto é realizado por Guan Hu e interpretado por Eddie Peng, Chu Bu Hua Jie, Youwei Da e Qiang Gao (e é impressionante o que se consegue fazer com o galgo preto).
No Público pode ler-se:
"Estranhamente (...)
Mais um filme francês imperdível, emocionante e muito bem realizado e interpretado. "Brincar com o fogo" é simultaneamente fascinante e duro e ajuda a perceber a vaga de violência de extrema-direita que se alastra na Europa. Ódio e divisão são os vocábulos que filiam milhares de jovens em grupos de “skinheads” supremacistas brancos. As irmas Muriel Coulin e Delphine Coulin realizam-no com um elenco muito bom. Mas que boa escola de cinema. O actor principal, Vincent Lindon, (...)
Comovente. Muito bem realizado e interpretado. "O romance de Jim" é uma superior homenagem à bondade, à humanidade, ao reconhecimento, à possibilidade de recomeço e ao valor da vida. Uma história só possível em democracia. Imperdível.
"Ainda estou aqui", dirigido por Walter Salles, é um filme imperdível e muito oportuno. É um hino contra o esquecimento e a falta de memória histórica. É um retrato comovente e brutal sobre a ditadura militar no Brasil, mas extensível a todas as formas de ditadura. Recorda-nos o óbvio efeito devastador da prevalência do mal. É protagonizado por um conjunto muito bom, com destaque para Fernanda Torres.
Nota: O argumento, escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega, é (...)
Na linha de Citizen Kane (1941) de Orson Welles (Orson tinha 25 anos de idade quando o realizou), Megalopolis (2024) de Francis Ford Coppola (Francis tinha 85 anos de idade quando o realizou) tem a seguinte sinopse no Público:
"O projecto custou 120 milhões de dólares, que o próprio Francis Ford Coppola (leia a (...)
É uma obra-prima este filme do iraniano Jafar Panahi. É um nível elevado de cinema. Questiona de forma brilhante a misoginia, o fundamentalismo religioso e o árduo desafio que é fazer filmes no Irão. Recordo que o inesquecível realizador iraniano Abbas Kiarostami denunciou, em Cannes e em 2010, a prisão política, no Irão, de Jafar Panahi. São filmes que dificilmente chegarão ao grande público sem a RTP2.
"O Oficial e o Espião (J’accuse)" é o último, e imperdível, filme de Roman Polanski. Como sou um leitor para a vida do "Em busca do tempo perdido", de Marcel Proust, e como o caso do judeu Alfred Dreyfus é abordado em parte significativa da obra, vi o filme com redobrado interesse. Mas é uma obra de primeiríssima qualidade. Leia a descrição que acompanha o trailer: "Paris, final do século 19. O capitão francês Alfred Dreyfus é um dos poucos judeus que faz parte do (...)
"Quer conhecer um humano? Dê-lhe um bocadinho de poder." Além disso, a banalidade do mal e a sociopatia atingiram um qualquer cume na aplicação e sustentação do nazismo. "Zona de interesse" fala-nos disso. Tem um argumento com muita actualidade, centrado na vida perfeita de uma família que habita em paredes-meias com Auschwitz; ele era o comandante do campo. A banda sonora transmite o que se passa no inferno, mas nunca o vermos. Imperdível.
É belíssimo o filme de Wim Wenders. "Dias perfeitos" foi filmado em Tóquio, com música norte-americana das décadas de 1970 e 1980 (não tivesse o Japão perdido a segunda-guerra ou as coisas boas não têm fronteiras?). O título leva-nos à perfect (...)
O "Pub The Old Oak" (2023) é outro filme imperdível de Ken Loach - o realizador do genial I, Daniel Blake (2016) -. Estreou-se esta semana nas salas de cinema. Em “I, Daniel Blake", o argumento anda à volta de um marceneiro de 59 anos de Newcastle (Inglaterra). Vive só, é diagnosticado com um problema grave de coração e confronta-se com a burocracia injusta e infernal da segurança social. Conhece uma jovem, mãe solteira de duas crianças, enredada na mesma teia e ajuda-a. Em "O (...)
O 15 de Agosto recorda-me sempre o filme imperdível de Gianni de Gregorio. E nem sei porquê, mas desta vez associo-o à difícil poesia de Rainer Maria Rilke: exige leitura repetida, mas o resultado é sublime. É um dos meus poetas preferidos. Uma das suas obras maiores, "As elegias de Duíno", confunde-se com a aura do local onde o poeta a iniciou: o castelo de Duíno, sit (...)