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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Covid-19 e Comparações

19.06.20, Paulo Prudêncio
Os mais variados investigadores repetem que não é rigoroso comparar países e muito menos estabelecer rankings. Mas a mediatização passa por cima do mais elementar na busca de audiências. Por outro lado, o fenómeno agrava-se se os políticos e comentadores fazem comparações entre países quando lhes interessa e desvalorizam em caso contrário.

Ouve-se Cada Uma

01.06.20, Paulo Prudêncio
Os canais televisivos mais tradicionais, RTP, SIC e TVI, têm aqueles programas de debate com um moderador e três ou quatro convidados. Num deles, dei com a seguinte acusação: há alunos ainda sem aulas (do 1º ao 10º anos) porque os professores não querem regressar à escola; mas mais: os professores são comandados por sindicatos (neste caso, por um) que por sua vez controla o Governo. Nem sei se fiquei perplexo ou indignado. 

Das Coligações Negativas

05.05.19, Paulo Prudêncio
      Acompanho mais a agenda mediática quando os professores estão no lugar cimeiro. Como isso acontece muitas vezes e há muito tempo, conheço bem as diversas posições. Mas continuo a impressionar-me com a coligação negativa entre políticos do antigo arco governativo, comentadores, analistas e "jornalistas" que apresentam programas televisivos. Há comentadores, nomeadamente na SIC(hoje vi Gomes Ferreira, Marques Mendes e Costa - irmão do primeiro-ministro -, e ainda (...)

professores descrentes, agastados ou radicalizados

06.10.18, Paulo Prudêncio
      A generalidade dos professores está descrente, agastada ou radicalizada. Como alguém disse, "só os alunos dão ânimo aos professores". Há mais de uma década que é assim. A mediatização abre com greves, manifestações, vigílias ou protestos pontuais e é intervalada por analistas, jornalistas, comentadores, tudólogos e dirigentes políticos que se entretêm no "arremesso ao professor". Quando se prova que mentiram, nada é reposto. É uma devassa inigualável. Até (...)

da saga "vencê-los pelo cansaço"

01.10.18, Paulo Prudêncio
      Dá ideia que a negociação do orçamento passa por um aumento simbólico dos funcionários públicos. Será assim porque é ano eleitoral. O orçamento tem que ser aprovado e os cálculos eleitorais estão ao rubro. A oportunista oposição está à espreita. É demasiado mais do mesmo. Os funcionários públicos não mereciam mais este ónus junto do bullshit mediático. Entretanto, "Greve de professores. 75% de adesão e muitos alunos sem aulas em Lisboa, Setúbal e Santarém." (...)

Não foram os professores

11.06.18, Paulo Prudêncio
      O Estado, e muito bem, considerou alguns grupos profissionais como corpos especiais da função pública. Professores, Magistrados, Militares e Polícias têm carreiras com regimes próprios, mas que respeitam a lei geral da administração central. Se olharmos para os grupos escolhidos, percebemos as especificidades e o desgaste a que estão sujeitos. Até pelo exposto, políticos e comentadores associados deveriam informar-se antes de opinarem sobre os conteúdos das carreiras.

da confirmação de fenómenos

16.05.18, Paulo Prudêncio
      Harry Frankfurt publicou "On bullshit" em 2005. Apesar do crescimento do fenómeno, não existiam, disse o filósofo americano, estudos profundos sobre o tema. Não havia sequer uma teoria geral, o que era paradoxal considerando a sua ubiquidade. O fenómeno era, para Harry Frankfurt, uma ameaça mais insidiosa para a verdade do que a mentira, já que não tinha que se preocupar com o rigor. Mas mais: o bullshit era objecto de uma estranha tolerância, enquanto que a (...)

Do mundo mediático e dos professores

20.11.17, Paulo Prudêncio
        Os professores são muitos (57% da administração central), ficam mais à mão em termos financeiros e ponto final; o resto é ruído. O Governo excluiu os professores e estes reagiram. Um Governo democrático negoceia, corrige e procura uma solução digna enquadrada na política financeira e orçamental. Os professores (99 mil do quadro contra 145 mil em 2006) estão no lugar cimeiro dos cortes na administração pública. Não reivindicam 9 mil milhões de retroactivos, (...)

E é isto

26.05.17, Paulo Prudêncio
      Entrei na sala, para uma acção de formação sobre avaliação, e vi uma fotografia repetida em cima de cada mesa com a seguinte imagem: um rapaz a abraçar uma árvore. O formador solicitou a um porta-voz por grupo que enunciasse as conclusões após uns minutos de análise. Desde o amor pela natureza a uma genética abençoada, foi um rol de virtudes. O formador sentenciou: um rapaz a abraçar uma árvore e ponto final. Não voltei a encontrar um modo tão significativo de (...)

"On bullshit”"

23.04.16, Paulo Prudêncio
    "On bullshit”" é o título do livro do filósofo americano Harry Frankfurt. Na tradução portuguesa ficou "a conversa da treta”". Apesar da enorme quantidade do fenómeno, não há, diz o autor, estudos profundos sobre o tema.  Não existe uma teoria geral do “bullshit”, o que é paradoxal considerando a sua ubiquidade. Reconhece-se que é uma ameaça mais insidiosa para a verdade do que a mentira, uma vez que não tem qualquer preocupação com o rigor. O “bullshit” (...)