Confirma-se: "pessoas cercadas pelo fogo e sem assistência devido a falhas do SIRESP", uma das PPP´s (esta com BPN, BES, PT e CGD) que as associadas, "elites" e lado-tóxico-dos-partidos, usaram na delapidação do Estado.
As associadas impacientaram-se com a tragédia. Um "Miguel de Vasconcelos", com o pseudónimo Sebastião Pereira, apressou-se na crítica ao Governo. Usou o "El Mundo" para gáudio da direita ibérica mais extremada. Por muito que custe, há poucas organizações sem telhados de vidro na lógica do fanatismo. E ainda ontem o diabo deu sinal de si. Bastou um microfone para o desrespeito pelo elementar silêncio perante a dor. É: a tragédia de Pedrógão Grande tem demasiados ângulos muito lamentáveis.
"Muitos pedidos de ajuda não tiveram seguimento devido a falhas nas comunicações".
Paulo Pimenta. Público.
O que é que cimenta o título? Goldman Sachs (pode saber mais aqui).
Em 20 de Janeiro de 2015, um post dizia assim:
"Arnualt "interveio decisivamente para que fosse desbloqueado o empréstimo do Goldman Sach´s ao BES em vésperas do colapso do banco" e "já estava já no Goldman Sachs quando elogiou "o legado de Ricardo Salgado" e afirmou que "o BES é um banco profundamente estável". Esta malta, que acusava os seus críticos de uns sem-mundo, têm também um historial de delapidação do orçamento do Estado e são responsáveis pelo estado a que chegámos."
Sobre a personagem Durrão Barroso pode começar por aqui (Jorge Sampaio responsabiliza o Cherne pela invasão do Iraque): pelo demolidor romance de Clara Ferreira Alves.
Sobre o Goldman Sachs fica o vídeo.
Sucedem-se as quedas bancárias e os banqueiros sofrem uma erosão na imagem pública inferior aos decisores políticos; no mínimo, menos definitiva. E porquê? Há, desde logo, toda uma moralidade dos limites do mercado por repensar numa fase em que é tal o prestígio e o poder da sua razão de existir, que torna minoritário o discurso político não vazio e capaz de provocar qualquer mudança.
Nem o estrondoso fracasso dos mercados financeiros em 2008 reduziu a aura de totalidade. Por incrível que possa parecer, a crise mais grave dos últimos oitenta anos fragilizou mais governos do que bancos. Bem sei que houve movimentos como o Ocupar Wall Street, mas uma discussão aprofundada sobre o papel dos mercados continua por fazer. O resultado mais palpável é o afastamento dos cidadãos da política que é o que parece interessar aos fervorosos adeptos da sociedade de mercado. E nada há fazer? Claro que sim e existem ideias consistentes. Desde logo, afastar as questões escolares do mercado. É um tema vasto que fica para outro post.
Só num país que despreza o seu sistema escolar é que um ministro se atreve a terraplenar (Crato nem testou, tal o grau de inflamação) décadas de serviço público sem que haja um qualquer "calma aí" por parte dos poderes democráticos. É que até as opiniões, públicas e publicadas, aplaudiram a sucessão de "reformistas" no que levamos de milénio. Confiar na escola pública? Só confiamos no BES.
Arnualt "interveio decisivamente para que fosse desbloqueado o empréstimo do Goldman Sach´s ao BES em vésperas do colapso do banco" e "já estava já no Goldman Sachs quando elogiou "o legado de Ricardo Salgado" e afirmou que "o BES é um banco profundamente estável"".
Esta malta, que acusava os seus críticos de uns sem-mundo, têm também um historial de delapidação do orçamento do Estado e são responsáveis pelo estado a que chegámos.
A mediática troca de acusações (dá ideia que o estalar de vernizes está no início) entre Salgado e Ricciardi comprova a origem da bancarrota que levou ao corte de salários e pensões e ao empobrecimento quase geral. A tal banca de moral elevada endividou e capturou o país (BCP, BPP, BPN, BANIF, CGD, BES e afins como a PT, as PPP,s e o financiamento partidário) e os credores, muitos da mesma família, mantêm a contabilidade e querem receber tudo. É apenas mais esse "lance de casino" que se discute quando se fala de reestruturação da dívida.
Onde estão as personagens como Nogueira Leite, João Duque, Camilo Lourenço e por aí fora que eram infatigáveis nos laudos aos DDT,s enquanto receitavam cortes a eito nos do costume?
É vulgar dizer-se que Cavaco Silva gosta de fazer o género marciano, mas depois do BPN, do BES e da PT convenço-mo que Plutão deve ser a outra residência de veraneio.
E repito: enquanto o Governo, numa deriva de mercado selvagem e de destruição criadora, expunha a PT acabando com a Golden Share, o PR medalhava Zeinal Bava. Tudo a uma só voz. Como é que é possível que Cavaco Silva venha agora interrogar-se acerca dos actos de accionistas e gestores?
A imagem seguinte é de Plutão ou foi mais uma obrigação da troika?
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