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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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Só há 20 Professores no Escalão Máximo?

26.11.19

 

Progressão-na-Carreira.png

O relatório anual do Conselho Nacional de Educação conclui, com os dados da imagem, que só havia 0,02% (20 para 100 mil?) de professores no escalão máximo. Estranha-se. Este escalão registou, por lei, zero professores durante anos a fio. Começou a receber professores com os descongelamentos. E só recebeu 20 em qualquer altura inicial? É "impossível". Bem sei que "dava jeito" à justa defesa dos professores. Mas o número seria 0% ou numa percentagem, no mínimo, de uns 4 a 5 por cento. Ou então é uma gralha, embora o fenómeno ganhe contornos reais ao se acrescentar que "têm em média 61,4 anos de idade e 39 anos de tempo de serviço". Mas mais importante é o que destaca o Expresso (embora os dados também devam estar, obviamente, desactualizados) e o que não destaca: cotas, listas e avaliações kafkianas e baixos salários: "O relatório do CNE também olha para a distribuição dos professores pelos vários escalões salariais para concluir que, apesar do elevado número médio de anos de serviço, a maioria (58,4%) encontra-se nos primeiros quatro escalões de uma carreira composta por 10 níveis. E apenas “0,02%” estão no topo. Para esta situação contribuiu o congelamento “prolongado” das carreiras (durante 9 anos) e a não recuperação da totalidade do tempo de serviço (menos de três anos). O CNE dá outro exemplo: no 3º escalão encontram-se 18% dos professores e estes têm em média 48,6 anos e 22,6 de tempo de serviço."

 

PS: esta sociedade está estranha, embora, e no caso dos 20 professores e num país que não sabe quantos funcionários públicos existem porque o hardware é lento, não fosse espantoso que escolas descongelassem uns 20 fora-da-lei-antes-do-tempo-no-modelo-livre-arbítrio.

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