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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

"Sim, Senhor Ministro (Yes Minister)" - é o que me vem à memória ao ler a entrevista do Ministro da Educação, Ciência e Inovação

24.07.24, Paulo Prudêncio

Pensando no programa eleitoral, no programa do Governo e nas opiniões publicadas do actual ministro e do secretário de estado, e pensando também na realidade, lê-se, nesta entrevista, uma mistura de tudo isso. Resultará na manutenção do essencial que nos trouxe até aqui e poderá ser agravado.

"Professores: “Não temos justificação” para 6000 vagas abertas pelo anterior Governo"

"(...)A mudança anual de professores para aproximação de casa vai ter de ser reavaliada. A qualidade dos projectos está muito associada à estabilidade do corpo docente, diz ministro da Educação.(...)Estamos totalmente comprometidos com isso e vamos começar o trabalho da revisão da carreira ainda este ano civil e temos que fazer isso de uma forma rápida. O país tem que dar um sinal de qual é o valor que dá aos professores.(...)Deve haver alguma convergência nesse sentido e diversos directores manifestam isso. Têm um professor de que gostam muito, que está a fazer óptimo trabalho e [ele vai-se embora]. Aliás, este ano vamos ter milhares e milhares de professores a mudar de escola…(...)Mas imaginem estar a manter um concurso com esta dimensão todos os anos, em que o professor que agora está a 15 quilómetros, agora quer ficar a cinco quilómetros. É preciso pesar isso, porque ele sai de uma escola e gera rotação, gera instabilidade na escola, prejudica o projecto educativo dessa escola. Por isso, nós temos mesmo de balancear isto. Era a análise que eu estava à espera, quando vi aquele concurso com 20 e tal mil vagas.(...)E por isso nós temos de avaliar e depois temos que garantir os recursos. Valorizamos muito a autonomia das escolas, mas essa autonomia tem de vir com prestação de contas. Os docentes são essenciais, mas a direcção da escola é também essencial. E uma das medidas que queremos tomar é criar o estatuto do director, em que ele terá mais autonomia para uma série de dimensões relevantes da gestão da escola, mas prestando contas.(...)As autarquias são também um elemento-chave na qualidade da educação. O processo de descentralização foi positivo, mas está incompleto e tem de ser melhorado. Na gestão de equipamentos das escolas, as autarquias devem ter ainda um papel mais importante, para que a direcção se foque no projecto pedagógico. O indicador mais importante para qualquer autarca devia ser o resultado das notas dos alunos das escolas do seu concelho nos exames nacionais.(...)"