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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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Silêncio e Consciência

14.07.19

 

 

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A legislatura parlamentar terminou com o silêncio da "nação" sobre a escola: nem uma linha sustentável reivindicada, contestada ou criticada. A escola portuguesa não existe. Apesar da maioria que suporta o Governo ter provado que o antigo arco governativo era uma criação interesseira, e que não raramente requeria a insolvência da pátria, e que o fim da história era uma narrativa insustentável, há, do que se lê do ponto de vista escolar e como exemplo irrefutável, desânimo e alguma perplexidade com o resultado silenciado do que se anunciou - pela enésima vez - em Maio de 2019 (notícia do Público): "O BE vai ser o terceiro grupo parlamentar a avançar com um projecto-lei para alterar a gestão das escolas". E nota-se a incomodidade discursiva quando a esquerda - grande parte do PS, o BE, o PCP ou os Verdes - enuncia os verbos escolares (cooperar, partilhar, incluir e ouvir) ou os substantivos inalienáveis à educação de crianças e jovens (democracia e cidadania). Mas mais: a kafkiana, e brutalmente injusta, avaliação de professores (com uma dimensão inigualável de travões e cotas) está num pico inominável de classificações por habilidade na inscrição de descritores burocráticos sem a presença do mais elementar "olhos nos olhos". É mais uma evidência da eliminação da democracia na escola (dá ideia que a sua defesa não dá votos significativos) e dos efeitos comprovadamente negativos do que existe. Só o "salve-se quem puder", associado à exaustão, institui o marchar em modo de fuga e revolta contida. Espera-se que, no mínimo, o silêncio da esquerda lhe crie uma má consciência.

Ao pesquisar uma imagem na internet por "silêncio e consciência", encontrei uma ideia parecida com a da imagem. Adaptei-a e colei-a num quadro escolar; daí as aspas.

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