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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

"Sede de Poder"

18.07.21

Captura de ecrã 2021-07-17, às 14.20.44.png

Na imagem estão os destaques das primeiras páginas do Expresso; revista e caderno principal.
Na revista, os governos de José Sócrates são acusados de querer controlar tudo. Destaca-se a tentativa de domínio de empresas, bancos, comunicação social e Ministério Público. Há até uma frase imputada ao ex-primeiro-ministro. Qualquer coisa como "é preciso quebrar a coluna vertebral ao Ministério Público". Mas nem uma linha sobre os efeitos na Educação, já que quebrar o fantasma dos professores, esquisitíssimos e perigosíssimos, era uma dever da nação com os resultados que se vêem.

A propósito, é muito exagerado imputar a um só Governo a triste realidade: escassez de empresários prestigiados, evaporação de banqueiros impolutos, redução de órgãos de comunicação social de referência e dificuldade em elevar a credibilidade do Ministério Público. Já os resultados das políticas de educação (carreiras e avaliação dos profissionais e gestão das escolas), que ameaçam, desde logo, com um inédita falta estrutural de professores, são inamovíveis; e os governos que se sucederam só as agravaram ou não tocaram no essencial.

E será com perplexidade que os professores olham para o outro destaque. Dá ideia que se está a preparar mais uma descida. Só pode. O tema em destaque tem todas as condições para ser um não-assunto. Recorde-se que a única vez que o actual primeiro-ministro ameaçou demitir-se foi por causa da recuperação do tempo de serviço dos professores. Percebeu-se que foi uma ameaça excessiva e que a recuperação não comprometeria as contas do Estado.