Se A Greve de 31 de Janeiro Foi para Cumprir Calendário, Proponho Já a Próxima: a da Imagem!
Se a greve de 31 de Janeiro foi para cumprir calendário, proponho já a próxima: a da imagem. Às tantas, terá a mesma eficácia.
Três notas: 1. Se não se diz presente nas greves, os governos usam o argumento do "nem protestam". Compreendo a dificuldade de alguns sindicatos, numa época de crise do sindicalismo orgânico (por este caminho, não tarda e é de tudo o que é orgânico). São, infelizmente, cada vez mais longínquos os tempos de sincera negociação antes e após greves num clima de respeito mútuo e democrático.
2. Percebe-se que o dia de salário perdido reforçará a capacidade de superavit do país e atenuará o interminável desmiolo da banca, mas seria bom que não se abusasse de tamanha generosidade. E é exactamente por isso que se exige humildade e sabedoria às forças interessadas na democracia e que só têm a temer que "o céu lhes caia em cima da cabeça".
3. O desenho da imagem inspira-se nos coletes amarelos franceses; quem diria que os tempos teriam estes sinais e estas caricaturas; mas qualquer que seja o ponto de vista democrático, não são bons sinais.