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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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24.03.19

 

 

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E se considerarmos a extenuante história recente, é ainda mais memorável encher a simbólica Avenida da Liberdade a um sábado à tarde. Em vez do merecido descanso -  imprescindível para o grupo profissional mas delapidado na administração pública -, professores dos mais diversos pontos do país deram corpo a mais uma das inúmeras formas de protesto - da plataforma de sindicatos e de iniciativas informais - que mantém alguma decência no imperativo democrático da rede pública de escolas.

Nem as declarações de António Costa, "os professores foram vítimas de uma errada guerra injusta, que prometo que não se repetirá, decretada num conselho de ministros de que fiz parte em 2006" ou os recentes "heróis" do Presidente da República, alteram a queda sem fim do estatuto da carreira. A sensatez dos professores levou-os a não exigirem retroactivos dos quase dez anos de cortes a eito. Perceberam que os credores do país não perdoavam uma banca desvairada sustentada por aparelhos que teimam em não descer da estratosfera. Mas é intolerável a discriminação em relação à generalidade da administração pública que recuperou todo o tempo de serviço ou aos seus colegas das ilhas. As recentes ultrapassagens entre professores nos dois anos e tal são tão inexplicáveis que mais parecem um qualquer ajuste de contas. Adivinham-se mais greves, manifestações e recursos em tribunais e no parlamento. A resistência dos professores recebeu ontem mais uma oxigenação.

 

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