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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da vida para além dos "privados"

08.06.16, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

Os problemas da escola pública não se esgotam, obviamente, na importante questão dos "privados" e uma qualquer manifestação em sua defesa tem que ter mais pontos de agenda. É que há vida para além das finanças. Há, por exemplo, a democracia.

 

"O director de turma deve ser avaliado, com pontuação rigorosa e cotas, pelo abandono escolar dos alunos". A frase que escolhi, dita com convicção por Lurdes Rodrigues, sintetiza um conjunto de "Novas Políticas de Gestão Pública" que se tornou fatal para a escola pública. 

 

Se desconstruirmos a frase, encontramos: desresponsabilização da sociedade, escola a tempo inteiro, crianças-agenda e jovens-vigiados em simultâneo com o estatuto do "aluno-rei", transformação da carreira de professores em "agentes recreativos" e modelo taylorista de gestão escolar com sobreposição da lógica, "impensada" em educação, do "cliente-tem-sempre-razão".

 

Não satisfeitos, novos governantes acrescentaram: mais alunos por turma, mais turmas por professor, indústria de exames, divisão curricular em disciplinas estruturantes e outras, degradação da imagem do professor e da organização da escola pública. Com uma década assim, que resultados se esperariam? Não faltam, portanto, pontos fundamentais para agendar.

 

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