Passos e as cooperativas de ensino
"A despesa com as cooperativas de ensino foi, nestes quatro anos, de 600 milhões. Inferior aos 900 milhões de 2007 a 2011", disse ontem Passos Coelho no parlamento (considerou-as não-públicas; baralha-se). Não se pode dar crédito a estes números, mas parecem próximos do real. Os governos de Barroso e Santana Lopes alargaram repentinamente as cooperativas de ensino "ilegais", os de Sócrates tornaram o financiamento escandaloso e os de Passos e Portas assumiram, mais até nos bastidores, a ideia da livre concorrência escolar em benefício dos supostos privados. Veremos o que vai acontecer a partir de agora. Haverá pessoas das cooperativas "legais" que se sentem injustiçadas com o clima de suspeição generalizado. Compreende-se. Têm razão. Também há muitos defensores da escola pública perplexos com muito do que se tem passado nas instituições do Estado. A uns e a outros não resta alternativa: continuar a defender o que é justo.