os professores foram silenciados durante a troika?
Os professores desencadearam a luta mais difícil (Junho de 2012) da última década com uma impopular greve a exames do 12º ano e a todas as avaliações de final de ano. Não teve o impacto mediático das grandes manifestações (há hoje, e até em 2012, menos professores, 100 mil, do que os que se manifestaram em 2008,140 mil de 170 mil), mas atingiu objectivos de forma mais precisa. Se não o tivessem feito, mais de 10 mil professores dos quadros seriam empurrados para uma injusta e brutal requalificação rosalina e mais uns 10 mil ficariam sem contrato. Ou seja, aos 30 mil eliminados que refere o chefe do Governo acrescentaríamos 20 mil.
É bom que se sublinhe, e nesta altura mais ainda, que as lutas valem a pena. Está em vigor um despacho de crédito de horas que disfarça os cortes a eito dos além da troika: alunos por turma, cortes curriculares, horários dos professores e mega-agrupamentos. E já se sabe: se estes cortes a eito se mantiverem, basta que um Governo elimine o referido despacho para que a tragédia se acentue.