os exames e a repetição do óbvio
Nuno Crato, esse misturador do "para além da troika" com o Eduquês II, aumentou o número de alunos por turma, cortou a eito em tudo o que achava não estruturante e acentuou a infernização da profissionalidade dos professores. Em simultâneo, criou uma catadupa de exames acrescentados de apoios no período pós-lectivo para as crianças com negativas. Os resultados do conhecido mais do mesmo são inequívocos: "foi uma espécie de engodo".
Achar que se recupera crianças com apoios entre Junho e Julho testados por uma segunda fase de exames, é algo só ao alcance de uma mente em estado do mix referido. Turmas mais pequenas, apoios ao longo do ano e professores motivados são ideias despesistas.
Não sei se podemos criar algum optimismo.
Parece que se prepara uma nova vaga socialista centrada nos conjunturais, e justos, "novas oportunidades" e "rendimento mínimo garantido". Ou seja, nem uma linha sobre a redução do número de alunos por turma, sobre a reposição da sensatez nos currículos e na profissionalidade dos professores ou sequer nessa coisa de "somenos" que é o ambiente democrático das escolas (os socialistas modernaços fascinaram-se com o modelo GES/BES/BCP/BPN/BPP). Dá ideia que não se mexe nisso para eternizarmos a necessidade de "novas oportunidades" e de "rendimento mínimo garantido". É que nem o pessoal socialista da ciência se convence que só terão alunos se aumentarem a base no ensino não superior "regular"; são da "elite", claro.