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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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O "triunfo" de Nuno Crato

15.06.24, Paulo Prudêncio

 

Captura de ecrã 2024-06-15, às 09.32.28 (1).png

Encontra aqui a notícia que está na imagem. Foi o que originou a explosão dos professores durante a troika e que provocou a célebre e difícil greve aos exames do ensino secundário. Era ministro Nuno Crato. Já tinha perpetrado o maior despedimento colectivo da história (cerca de 20 mil professores) e preparava-se, com esta medida, para eliminar mais 10 mil. Foi mais um ministro surreal que acentuou a fuga à profissão e a sua consequente perda de atractividade. 

Ontem, avisaram-me que Crato estava pela SICN. Recuei a box e vi. Fiquei perplexo. Disse que tem mais de 70 anos de idade e que está irritado porque não o deixam leccionar. Disse que se fosse mais novo e reformado, aceitava logo o regresso e sem os tais 750 euros (não imagina o que é leccionar no não superior). Disse esta brutalidade num directo televisivo, como disse outra na troika: pode-se leccionar melhor uma turma de 30 alunos do que uma de 15: depende da qualidade do professor. E repetiu que avisou numa linha do preâmbulo de um decreto (em 2014, quando estava de saída, e depois de inúmeras deisões em sentido contrário) que iriam faltar professores, quando basta uma pesquisa rápida para encontrar na comunicação social da época declarações suas a afirmar o contrário (Jornal Sol em 7 de Setembro de 2012: "há professores a mais. Estamos ao nível dos países ricos no número de alunos por turma. Vou continuar a reduzir professores nos próximos anos. Não estou à espera de contestação nas ruas".

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