o país está no pano verde?
Não é recente a sensação de que o país está no pano verde. Os saldos no GES, mais propriamente no BES e nas empresas da saúde e dos seguros, deixam valores da comunidade à mercê do casino puro e duro. E convenhamos: os estados licenciaram os privados para o trio referido com base em dois pressupostos: geriam melhor, faziam mais com menos, portanto, e garantiam uma superioridade ética.
A exemplo dos "negócios" da água ou da luz, os denominados "pinga-pinga", o trio em questão obedecia a um simples raciocínio: os licenciados sentavam-se em cima do que recebiam (depósitos das poupanças, doenças ou seguros obrigatórios) e era impossível que saíssem a perder.
A entrada da troika coincidiu com a chegada ao poder de uma confessada ideologia radical crente nas virtudes do mercado desregulado. A propagação foi rápida e apoiada em tudo o que era mainstream. Mas mais: quem os antecedeu, achou que ficava "bem-seguir-a-ideologia-única". Os resultados estão aí e não há quem impeça o saque.