o escritor que perdeu a pátria
O escritor que perdeu a pátria
"José Saramago atribuiu-lhe o primeiro prémio literário com o seu nome. Herberto Helder disse que ele era «o único jovem romancista português que conseguia ler». De escritor-promessa da geração de 1990 a persona non grata do meio literário português, eis Paulo José Miranda. Um ilustre desconhecido, agora a viver no Brasil.
Não há quem não conheça os nomes de José Luís Peixoto, Valter Hugo Mãe, Gonçalo M. Tavares ou João Tordo. Mas poucos, muito poucos, registaram, recordam ou conhecem o nome de Paulo José Miranda e da sua pequena obra-prima, Natureza Morta, que em 1999 foi distinguida com o primeiro prémio literário José Saramago. O que aconteceu então a este poeta e prosador que um dia foi considerado o maior valor da sua geração, o herdeiro de Saramago e Herberto Helder, que hoje não encontra editora para os seus livros? Treze anos depois de ter recebido o prémio com o nome do Nobel, Paulo José Miranda fala pela primeira vez à imprensa.(...)"