O contorcionismo à volta do tempo de serviço
O contorcionismo à volta do tempo de serviço dos professores explica-se no que levamos de milénio: é o grupo profissional mais numeroso na administração pública e, pela natureza das funções, o alvo mais apetecível da inveja social. A segunda variável parece mesmo inultrapassável, embora não se confirme nos inquéritos confidenciais sobre o crédito das profissões onde os professores ocupam os lugares cimeiros. Tem ainda duas características que irritam o mainstream: sindicatos institucionais com voz (qualquer sindicalista combativo, a exemplo de Mário Nogueira, é de imediato trucidado) e muitos profissionais incómodos e informados. A saga do tempo de serviço tem mais um episódio com o "veto presidencial". O Governo reagiu "ainda na ressaca dos excessos natalícios".