Nuno Crato já desconfia da sombra?
Está a ser penoso o fim de mandato de Nuno Crato. Percebeu-se que a sua "vocação" era mais o superior, mas o além da troika "empurrou-o" para o desastre também aí. No não superior parece que eram outros os administradores e Crato limitou-se a umas epifanias e a continuar o rol de impreparações iniciadas em 2003. Reforça-se a estupefacção com a sua recente desconfiança em relação à melhoria nos exames de Matemática (12º ano): mas já nem a sombra acompanha a imagem?
Claro que só uma sociedade ausente e doente mediatiza tanto os exames do não superior. O sistema escolar está gravemente doente e já não disfarça um clima de trafulhices e trapalhadas. É um estado de sítio legislativo. Nada há a fazer? É evidente que muito se pode fazer e nem adianta o argumento financeiro; é prioritário restabelecer a democracia e desburocratizar mesmo; digamos que são coisas de somenos (porque diminuem a despesa sem ser com o corte de pessoas e têm ganhos de confiança nos actores) para o mainstream estratosférico. E para começar, é importante que termine este ciclo radical que ficará nos rodapés da história como o período em que havia "mais exames do que aulas".