não pode ser proibido proibir
Vou repetir o post que publiquei pela primeira vez em 18 de Julho de 2008 e que inscreve uma parte do que li aqui publicado hoje. Passaram seis anos e estamos num pico de inferno burocrático associado, naturalmente, a incompetências. Será que daqui a seis estaremos na mesma ou pior?
- "Devia de ser proibido legislar durante um ano em Portugal e, esse período, teria de ser dedicado a eliminar parte da legislação que existe".
Chegámos a casa por volta da uma da manhã. Na televisão corria um programa de prós e contras na RTP1: não sabíamos o tema mas ouvimos uma pessoa dizer a frase com que comecei o post. Que coisa mais acertada.
Em Portugal é assim e já o escrevi vezes sem conta: legisla-se de modo compulsivo.
Então no Ministério da Educação é mesmo uma coisa com décadas. Mas o mais grave neste Ministério, é que as pessoas que o fazem não tem o menor respeito pelo metabolismo das escolas.
Senão vejamos: se a legislação obriga a alterações significativas na organização escolar, o natural seria que fosse publicada no primeiro período lectivo, de modo a permitir que as escolas preparassem com tempo a sua aplicação. Mas não. Todos anos é a mesma coisa. Escolhe-se os meses de Julho, Agosto e muitas vezes Setembro, para divulgar novas "ideias" que obrigam as escolas a refazer, vezes sem conta, o seu trabalho de planeamento. É como já escrevi: os governantes nunca dirigiram uma escola, ou são incompetentes, ou não respeitam quem as dirige.
Nem era preciso parar durante um ano. Bastava dizer-se aos governantes da Educação que está reservado o período de Outubro a Dezembro para produzir nova legislação.
(Reedição. 1ª edição em 18 de Julho de 2008)