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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Não É no Dia Seguinte

27.06.19, Paulo Prudêncio

 

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Os resultados das políticas públicas não acontecem no dia seguinte, muito menos na educação. Só legisladores nada rigorosos é que consideram o imediatismo. Seria demasiado não avisado, por exemplo, decretar um estilo de ensino para todas as salas de aula. A liderança da sala de aula inclui um número tal de variáveis e complexidades que exige contenção. Nem nos momentos pré-eleitorais se aceitam ligeirezas. Quando um governante, ou até um correligionário partidário, advoga um qualquer "milagre" nas políticas educativas, não deve ignorar um horizonte temporal de uma a duas décadas. Em Portugal, por exemplo, se um governante actual proclamasse um sucesso retumbante na educação, estaria a certificar as proclamadas políticas a não seguir, e por reverter quase na totalidade, dos dois governos anteriores (as organizacionais de Sócrates e as curriculares de Passos Coelho e Portas). Repito a frase que inscrevi recentemente (de Gonçalo M. Tavares): 

"A política parece cada vez mais uma administração de palavras e não de coisas. Não se trata já de transportar pesos, de “deslocar” acontecimentos de um lado para outro, trata-se antes, e primeiro, de um transporte de vocábulos".

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