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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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Mikazz o Andrew Tate português

03.06.25, Paulo Prudêncio

Estamos a chegar a este fenómeno com dez anos de atraso. Ora leia se está interessado em saber que Mikazz é o Andrew Tate (o tal influencer da série Netflix "Adolescência") português. Já agora, perguntem à extrema-direita (e não só) porque é que não quer as crianças e joves sem tiktoks e adição tecnológica. Escrevi assim num texto para o Público, "Sem professores e entregues à selva digital", em 3 de Julho de 2024:
"(...)Portanto, quando li na capa do Expresso, de 24 de Maio de 2024, que "há crianças de 11 anos dependentes de pornografia online; em Portugal, 40% dos rapazes e 26% das raparigas entre os 9 e os 16 anos já viram conteúdos pornográficos através de pesquisas online", esperei, em vão, pelo imediato alarme mediático. Em vão porque estes dados do "EU Kids Online", financiado pela Comissão Europeia, são de 2019 - imagine-se agora. As bolhas política e mediática só se alarmam se puderem culpar as escolas e os seus professores.
No mesmo âmbito, o Conselho da União Europeia agendou o desespero com os influenciadores das redes sociais (estude-se Andrew Tate). São, de longe, os mais "googlados". Radicalizam os adolescentes em valores misóginos e de obediência violenta das raparigas. Os jovens seguem-nos, como o farão na altura de votar numa cultura política sociopata, insensível ao sofrimento, alimentada pelo ódio e sem qualquer sinal de empatia.(...)"

"O jovem português Mikazz era o "deus" de um grupo online que promoveu massacres em escolas no Brasil e fez apologia ao nazismo. Adolescente é suspeito de orquestrar ataques em escolas, maus tratos a sem-abrigo e animais. Terá disseminado também centenas de ficheiros com pornografia de menores e promovido a auto-mutilação em direto e a discriminação contra mulheres."