Entropia e Avaliação por Semestres
Basta acompanhar a discussão sobre a possibilidade de mudar a avaliação dos alunos de três períodos para dois semestres, para se concluir do estado entrópico do sistema escolar. É uma espécie de buraco negro que absorve qualquer ideia pedagógica (sucesso, interdisciplinaridade, provas finais ou de aferição, currículos, inclusão, constituição de turmas e de horários e por aí fora). A entropia na gestão e administração do sistema, por excessos originados na desflorestação ou no uso de byte´s e gigabyte´s e associados à desorganização da rede escolar (não é aceitável tanta competição, e exclusão, numa sociedade com 500 mil crianças pobres) e nos mega-agrupamentos de escolas, adoeceu a massa crítica com sala de aula. As decisões caíram longe desse espaço, numa época de escola a tempo inteiro que acentuou uma das características mais nefastas bem identificada por António Sampaio da Nóvoa: uma sociedade ausente que exige tudo a uma escola transbordante.
É interessante, e a propósito do título, ler o pequeno livro da imagem:
"(...)para Byung-Chul Han, uma das mais inovadoras vozes filosóficas surgidas na Alemanha, o Ocidente está a tornar-se uma sociedade do cansaço.(...)qualquer época tem as suas doenças características. A época bacteriana, que terminou com a descoberta dos antibióticos, foi ultrapassada através das técnicas imunológicas.(...)O início do século XXI, do ponto de vista patológico, seria sobretudo neuronal. A depressão, as perturbações de atenção devidas à hiperactividade e a síndroma do desgaste profissional definem o panorama atual."