Enquanto isso, Assiste-se ao Empobrecimento de Escolas e Hospitais Públicos
O que pode ler neste post são factos e tendências que traçam realidades que, a médio e longo prazos, empobrecerão os serviços públicos num país com duas velocidades: escolas e hospitais para ricos e para pobres.
Enquanto a mediatização diária expõe um panorama desolador e indisfarçável nas escolas e hospitais públicos, os privados das mesmas áreas florescem.
Por exemplo, o Hospital da Luz, privado e gerido por um grupo chinês, aumentou em grande e moderníssima escala a sua capacidade logística na mesma fase em que o recente relatório da OCDE "Health at a Glance 2019" conclui que 47% (é o 2º valor mais alto da OCDE) dos cerca de 2 milhões de pobres em Portugal prescinde de tratamentos médicos necessários por falta de meios económicos.
Enquanto tudo isto acontece, sabe-se, e sem uma qualquer linha de debate no espectro partidário representado no parlamento (era importante, apesar de tudo, que não se desistisse), que 25% do PIB de Portugal continua em fuga nos paraísos fiscais. E sem relacionar directamente fugas com investimentos, pode-se, no entanto, concluir que o não pagamento de impostos empobrece paulatinamente serviços públicos e permite, também paulatinamente, financiamentos privados.