Editorial (33) Uma espécie de balanço
Afinal, os meus textos não descolavam da realidade como percebo nesta contestação tão informada dos professores (dizer-se que tudo isto resulta de informações falsas partilhadas no WhatsApp, é um imperdoável atestado de menoridade com gravidade semelhante à repetição do "perdi os professores, mas ganhei os pais"). Aliás, tem sido mais ou menos assim desde o início da longa tragédia (2007); e a relativa angústia da antecipação repetiu-se em 2012 e 2018. A saturação dos professores exige um tempo para se libertar da anestesia do mainstream que captura o orçamento do Estado e, naturalmente, o da Educação (com particular incidência no negócio das indústrias formativas - com ênfase também na formação em avaliação e administração escolares - que se estendem, infelizmente, a sindicatos). Seria natural esta onda de contestação mais cedo, mas a pandemia adiou-a.