editorial (22)
Quando comecei o Correntes não imaginava o que iríamos viver.
Se me tinha prometido não escrever sobre assuntos escolares, a ideia foi progressivamente abandonada a partir de 2006. O registo entranhou-se e só o tempo ditará o destino do blogue. Habituei-me desde cedo a não dizer nunca, em questões que não ultrapassem, obviamente, determinados limites, e a responder pelos meus actos. Sei dos custos da independência, mas a sensação de liberdade é oxigenante.
Quando olho para trás, e para cerca de 7665 posts, não dou o tempo por perdido. Escrever organiza as ideias e o nosso mundo e é um exercício de risco. Gosto disso. A linguagem exprime emoções e não escapo ao registo intimista.
Escolho os assuntos de acordo com os meus critérios e não adopto o registo assim-assim ou o calculismo da publicação para agradar a quem quer que seja. Dizem-me que, por vezes, sou contundente. Não faço por isso, mas não me queixo do retorno.
Os blogues são uns clássico das redes sociais e ao fim de uns anos os seus arquivos ensinam-nos a lidar melhor com o tempo.
Obrigado a todos os que passam por aqui.