é sempre a descer no que levamos de milénio?
Os últimos governos da AD alteraram a lei orgânica do MEC. Os do PS iniciaram a megalomania inédita de agrupar escolas a eito e criaram um modelo de gestão escolar que leva para dentro das escolas o pior da política partidária local. Está tudo comprovadíssimo.
Mas olhemos para os primeiros: Durão Barroso eliminou 27 centros de área educativa (CAE´s) quando começavam a ter massa crítica, "colocavam professores na hora" (imagine-se se tivessem a facilidade dos meios actuais) e "caiu" na Educação por causa dos concursos de professores. Passos Coelho extinguiu 5 Direcções Regionais de Educação (DRE´s), que deviam ter sido eliminadas em vez dos CAE´s, quando começavam a perceber a sua nova função e "caiu" na Educação por causa dos concursos de professores.
Tudo implodido, eis que a mesma área política tem uma epifania de 180 graus e inventa um quadro orgânico que admite 308 agências municipais descentralizadas (sim, 308 porque nós somos uns 400 milhões; essa coisa dos 10 milhões e da quebra de natalidade é só para impressionar o pessoal dos fundos) depois de ter assinado centenas de contratos de autonomia (vulgo, papelada) com estruturas escolares desconcentradas. É confuso, sei disso, mas é mesmo assim. As trapalhadas são ininteligíveis.
Se olharmos para os segundos numa altura em que se preparam para voltar a governar, até se torna curioso assistir às ideias sobre desconcentração e descentralização do sistema escolar e à análise crítica das mega-estruturas que inventaram e ao modelo respectivo. É bom sublinhar que os legados socialistas mais nefastos têm a assinatura de duas personagens exemplares no uso do poder: Sócrates & Rodrigues.
Já usei estes argumentos noutros posts.