e roma aqui tão perto
Hoje é a procuradora-geral, Joana Marques Vidal, que "acusa o Governo de querer a tutela da investigação criminal".
"A queda dos Impérios é sempre acompanhada pela decadência moral e pela corrupção e a Europa não escapa a isso", ouvi esta frase numa rádio e concordo. Desde os inúmeros casos nos patamares mais acima nas hierarquias dos Estados até aos episódios que nos rodeiam, a decadência parece não ter contemplações. Portugal tem um ex-primeiro-ministro detido e ouvi ontem um sinal bem significativo numa entrevista televisiva a Passos Coelho: "a maioria da população diz que o senhor mente muito", disse a jornalista. O governante nem sequer balbuciou um não. Manteve o mesmo e impávido semblante dos tais momentos das mentiras e justificou-se com mais imprecisões (para ser brando, claro). Impressionante o grau negativo da coisa. Chegámos a um ponto tal, que dá ideia que a saída dos cargos conduz à barra dos tribunais e que só a falta de juízes e de polícias de investigação criminal é que impede que as teias da corrupção comprovada sejam logo desmontadas.